Quando se pensa em destinos paradisíacos que ficam a apenas algumas horas de Portugal (neste caso de avião), a Tunísia está sempre no leque de opções. Neste país de vida barata, é natural que surjam imagens do deserto, da cultura árabe e muçulmana ou até de camelos. No entanto, algumas das praias mais bonitas do Mediterrâneo encontram-se precisamente na ilha de Djerba, uma ilha paradisíaca onde pode (e até deve) andar de camelo.
Ilha de Djerba
Localizada na costa sul do país, Djerba é a maior ilha do Norte de África, com 514 km² e cerca de 120 mil habitantes. É também conhecida como a “Ilha de Ulisses”, pois, segundo a lenda, terá inspirado Homero na escrita da Odisseia.
Longa história desta ilha
Ao longo dos séculos, Djerba foi ocupada por várias civilizações, incluindo romanos, cartagineses, bizantinos, vândalos e franceses. Foi conquistada pelos Árabes no ano 667 e, mais tarde, por tribos oriundas do Oriente. Hoje, abriga uma das comunidades judaicas mais antigas do mundo.
Águas límpidas e boa gastronomia
Esta mistura de influências culturais, aliada a paisagens deslumbrantes, praias de águas límpidas e uma gastronomia saborosa, faz de Djerba um destino cada vez mais procurado pelos portugueses para umas férias diferentes.
A maioria dos hotéis e resorts de praia concentra-se na zona de Sidi Mahrez, no nordeste da ilha. Esta área é bastante desenvolvida, com oferta de espreguiçadeiras, guarda-sóis, restaurantes e lojas de produtos locais ao longo de 13 km de costa, até ao cabo de Ras Tourgueness, onde se encontra o antigo farol da ilha.
Experiências diferentes
Quem quiser uma experiência diferente nesta ilha pode alugar um cavalo ou camelo e passear pela região — uma forma bem tradicional de conhecer a paisagem, refere o Ekonomista.
Para quem prefere mais tranquilidade, a praia de La Seguia, entre Aghir e Ras Lalla Hadria, é uma excelente alternativa. Com cerca de 5 km de areia branca e menos turismo, pode ser uma boa opção para descansar. Por perto, há restaurantes com marisco fresco a preços acessíveis.
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Outro local a visitar é Ras R’mal, também conhecida como Ilha dos Flamingos. A sua água cristalina e areia branca estendem-se por 5 km. O acesso é feito de barco, com partida da marina de Djerba.
Visita à maior cidade da ilha
Depois de um dia de praia, vale a pena explorar Houmt Souk, a maior cidade desta ilha onde andar de camelo é ‘moda’. Com um centro histórico repleto de ruelas e casas caiadas, conserva o espírito do antigo mercado árabe, oferecendo artesanato, joias, cerâmica, calçado e tecidos tradicionais.
Em tempos, Houmt Souk foi um ponto de passagem importante para caravanas e navios mercantes. Hoje, continua a surpreender com monumentos como a Mesquita Sidi Zitoun, a antiga fortaleza e ruínas romanas.
Outro ponto de interesse é a aldeia de Guellala, conhecida como o centro da cerâmica de Djerba. Com cerca de 450 ceramistas, a tradição artesanal passou de geração em geração desde os tempos dos gregos e fenícios.
Vista panorâmica do Museu de Guellala
Os visitantes podem conhecer as oficinas, assistir ao processo de produção e até participar em workshops. A não perder também é o Museu de Guellala, onde se pode apreciar a cultura da ilha e admirar a vista panorâmica a partir dos seus 52 metros de altitude.
Para quem não dispensa uma aventura pelo deserto, a região de Nefta, nas margens do Saara, é uma opção a considerar. Entre dunas e palmeiras, destaca-se como centro de produção de tâmaras e preserva uma medina autêntica. Se é fã de cultura, natureza e descoberta, Djerba e Nefta prometem uma viagem a nunca esquecer.
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