A influência da alimentação durante viagens de avião de longo curso voltou a ser discutida após novas conclusões sobre o impacto dos pratos servidos a bordo. Um estudo recente citado pelo portal Notícias ao Minuto analisou refeições disponibilizadas por companhias dos Estados Unidos e do Canadá e identificou uma opção que, segundo os investigadores, deve ser evitada pelos passageiros devido aos efeitos que pode provocar no organismo em altitude.
Segundo a mesma fonte, a investigação foi conduzida pelo Fraunhofer Institute for Building Physics, que relaciona a alteração das papilas gustativas com a pressão sentida dentro da cabine. O estudo indica que esta pressão pode reduzir a sensibilidade ao doce e ao salgado entre 20% e 30%, influenciando a perceção do sabor e a forma como as refeições são metabolizadas.
O efeito dos hidratos de carbono em altitude
As conclusões apontam para um impacto particular das refeições ricas em hidratos de carbono, entre as quais as famosas massas com molhos que são várias vezes servidas. Charles Platkin sublinha que estas escolhas podem conduzir à sensação de menor satisfação após a refeição. “Comer muitos hidratos fará com que se sinta irritado e com a sensação de não estar satisfeito”, afirmou, acrescentando que oscilações rápidas nos níveis de açúcar no sangue podem afetar a forma como o passageiro se sente ao longo do voo.
Acrescenta a publicação que estas oscilações podem resultar inicialmente num pico de energia, seguido de uma quebra que interfere no conforto e na disposição durante a viagem. O estudo recomenda, por isso, ponderação no consumo deste tipo de pratos quando o voo é prolongado.
O que uma nutricionista aconselha a evitar a bordo
Ana Luzón, especialista em nutrição citada pelo portal HuffPost, reforça que não se trata de eliminar a alimentação durante o voo, mas de fazer escolhas mais adequadas ao ambiente de baixa pressão. A nutricionista indica que vários pratos servidos a bordo são ricos em sódio, gordura e hidratos de carbono, podendo contribuir para o inchaço ou para uma digestão lenta.
Explica o site que alimentos ultraprocessados são particularmente desaconselhados, já que o organismo tende a ter mais dificuldade em processá-los nas condições específicas do voo. A mesma fonte destaca ainda que os doces e refrigerantes podem provocar picos de açúcar no sangue e aumento de ar no estômago, fatores que podem comprometer o bem-estar a bordo.
Alternativas leves e práticas para levar na bagagem
Fruta fresca ou desidratada sem adição de açúcar são escolhas equilibradas. Os frutos secos, pela combinação de proteínas e gorduras consideradas mais estáveis, são apontados como outra alternativa prática.
Acrescenta a publicação que manter uma hidratação regular é fundamental, recomendando que os passageiros levem uma garrafa para encher após o controlo de segurança. A nutricionista sublinha que optar por alimentos simples e pouco processados ajuda a evitar variações bruscas de energia ou desconfortos digestivos. A chave passa por não depender exclusivamente do que é servido pelas companhias aéreas.
















