A Ryanair prepara-se para alterar a forma como os seus passageiros realizam o processo de embarque. A companhia aérea lowcost, conhecida pelos seus preços competitivos e modelo de cobrança por serviços adicionais, anunciou uma mudança significativa que vai entrar em vigor ainda este ano. Com esta mudança, chegará também ao fim a norma da Ryanair que até novembro poderá continuar a levar alguns passageiros a pagar mais 55 euros por voo.
Fim do cartão de embarque em papel
A partir de 3 de novembro do próximo ano, os cartões de embarque da Ryanair passarão a ser exclusivamente digitais. A decisão foi confirmada pela própria empresa e reportada pelo jornal britânico Mirror, que destaca a intenção da companhia em seguir práticas mais sustentáveis.
Segundo dados fornecidos pela Ryanair, cerca de 60% dos seus clientes já utilizam a aplicação móvel da empresa para fazer o check-in e obter o cartão de embarque. Este comportamento foi um dos fatores que motivou a empresa a avançar para a eliminação total do cartão de embarque em papel.
Com a introdução deste novo sistema, os balcões de check-in da companhia nos aeroportos deixarão de existir. A empresa justifica a medida com o objetivo de tornar a experiência mais eficiente e alinhada com as tendências digitais do setor da aviação comercial.
Redução de taxas adicionais
A mudança poderá ter impacto direto nas taxas adicionais atualmente cobradas aos passageiros. Uma dessas taxas é a de check-in no aeroporto. Em alguns países, como é o caso de Espanha, os passageiros que não realizam o check-in digital são obrigados a pagar 30 euros adicionais.
Por outro lado, nos aeroportos portugueses, o valor desta taxa está fixado nos 55 euros, segundo a informação disponibilizada no site da Ryanair.
A única forma de evitar esse encargo é realizar o check-in online, através do site ou da aplicação da Ryanair, antes do voo. Esta possibilidade está disponível até 60 dias antes da partida para quem tiver escolhido previamente o assento.
Opções para passageiros sem assento escolhido
Para os passageiros que optam pela atribuição aleatória de assentos, o check-in online pode ser feito a partir de 24 horas antes da partida e até duas horas antes do voo. Fora desse intervalo, será necessário recorrer ao check-in presencial, sujeito a condições específicas.
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Caso o check-in não seja realizado até 40 minutos antes do início do embarque, os passageiros poderão ser obrigados a pagar uma taxa extra. Este valor pode ultrapassar os 100 euros, de acordo com informações disponibilizadas pela própria companhia aérea.
Penalizações em caso de perda de voo
A taxa também se aplica a quem chega ao aeroporto depois da partida do voo e pretende ser integrado num voo posterior. Nestes casos, a penalização financeira é aplicada como parte das políticas de gestão de lugares e horários da companhia.
Outro custo adicional relevante é a taxa de reemissão do cartão de embarque. Mesmo que o check-in já tenha sido feito, os passageiros que precisem de obter uma versão física do cartão terão de pagar 20 euros.
Críticas dos passageiros mantêm-se
Estas taxas e penalizações têm sido motivo de críticas por parte de alguns passageiros da Ryanair, que frequentemente apontam a existência de custos inesperados no momento do embarque como um dos principais inconvenientes da companhia.
Com a digitalização obrigatória do cartão de embarque, a empresa pretende também reduzir a sua pegada ambiental. A eliminação do papel é apontada como um passo em direção a um modelo de transporte aéreo mais sustentável.
Detalhes por esclarecer
A Ryanair não revelou se haverá exceções para passageiros sem acesso a smartphones ou à internet. Detalhes adicionais sobre esta transição digital deverão ser comunicados mais perto da data de implementação da nova política.
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