A Suécia assume hoje a presidência semestral do Conselho da União Europeia (UE), herdando da liderança semestral checa um cenário de crise económica e energética, reflexo da invasão da Ucrânia pela Rússia.
O bloco comunitário entrará em 2023 debatendo-se com uma crise económica que ameaça agravar-se e que poderá mesmo transformar-se em recessão, à luz de uma inflação galopante e de uma escalada dos preços da energia, ao mesmo tempo que procura prevenir problemas de aprovisionamento de gás relacionados com o embargo europeu à Rússia.
Com a generalidade dos líderes políticos e analistas a prognosticarem que o conflito na Ucrânia vai arrastar-se ao longo de 2023, a unidade dos 27 do bloco europeu na resposta à agressão militar russa à Ucrânia, que foi encarada como um dos grandes sucessos da União em 2022, estará também no topo das prioridades da presidência sueca do Conselho.
Na apresentação das prioridades de Estocolmo para o próximo semestre europeu, feita perante o parlamento sueco a 14 de dezembro, o primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson, que assumiu o cargo apenas em outubro passado, anunciou que a segurança interna e externa da UE estará no topo das prioridades.
O chefe do Governo sueco convervador, que lidera um governo minoritário de direita com o apoio parlamentar dos Democratas Suecos (extrema-direita), assumiu que a guerra na Ucrânia marcará os seis meses da presidência sueca da UE e sublinhou que está preparado para “agir de forma rápida e decisiva”.
A presidência sueca do Conselho da UE decorre entre 01 de janeiro e 30 de junho de 2023, com Estocolmo a passar os comandos a 01 de julho à Espanha, a presidência que se segue.
A Suécia recebe a presidência rotativa do Conselho da UE das mãos da República Checa, que conseguiu fechar dossiês que estavam bloqueados há meses por aquela que será atualmente a única voz dissonante na União, a do primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán.