A internet tem sido o veículo usado por muitas pessoas para denunciarem supostos casos de violações, ou tentativas, e de assédio a passageiras femininas por parte de condutores estrangeiros, vindos da Índia, Nepal, Bangladesh ou Paquistão, o que tem causado uma espécie de preocupação generalizada.
- Por João Tavares
“Isso é tudo mentira”, responde sem hesitar Ângela Reis, prosseguindo. “Nem sequer existem queixas na polícia. Ora, se alguém for violado vai apresentar queixa certo? As pessoas escrevem isso, mas não têm qualquer fundamento. Nada se confirma. Mas depois isso torna-se viral e espalha-se por todo o lado na internet, o que leva algumas pessoas a acreditar”, esclarece a responsável da associação, confirmando que tentam acompanhar todas essas denúncias de violações.
“TVDE é o meio de transporte mais seguro”
Fala-se cada vez mais da segurança do serviço TVDE, devido ao número crescendo de motoristas estrangeiros a operar no setor, alguns deles sem falarem sequer a língua de Camões. E as diferenças culturais muitas vezes também causam estranheza ao cliente.
Mas Ângela Reis não tem quaisquer dúvidas. “O TVDE é o meio de transporte mais seguro”. Mas se algum passageiro achar que algo não está bem, a responsável da ANM-TVDE deixa vários conselhos. “Se chamar uma viatura e a matrícula ou o nome e fotografia do motorista não bater certo com o que está na aplicação, então não entre e faça uma denúncia. Isto muitas vezes acontece, pois existem contas que são partilhadas por várias pessoas”.
Ângela Reis contou ainda ao Postal do Algarve muitas outras medidas de segurança, que grande parte dos utilizadores desconhece. “No início da viagem, e usando a aplicação da Uber ou Bolt, pode partilhar logo o percurso com familiares ou amigos, o que faz com que eles possam acompanhar todos os passos do motorista. Uma questão fundamental que muitos não sabem, é que através da aplicação dá para fazer uma ligação direta à polícia, que acaba por aparecer onde a viatura estiver. E se o carro estiver muito tempo parado no mesmo sítio, a própria plataforma envia uma mensagem ao passageiro a perguntar se está tudo bem”.
Medidas que dão algum descanso a quem utiliza o serviço TVDE, mas Ângela Reis defende uma maior fiscalização por parte de equipas multidisciplinares compostas pela PSP, IMT, ACT e SEF.