O Ministério Público (MP) acusou 15 pessoas suspeitas por crimes de tráfico de estupefacientes, parte dos quais ocorridos no estabelecimento prisional de Faro, no Algarve, informou a Procuradoria da República daquele distrito.
Numa nota publicada na sua página oficial da Internet, a Procuradoria indicou que a acusação foi deduzida sobre 12 homens e três mulheres, com idades entre os 19 e os 59 anos, encontrando-se sete dos arguidos em prisão preventiva e um preso à ordem de outro processo.
Segundo o MP, a investigação apurou que, entre maio de 2019 e junho de 2021, quatro dos arguidos “procediam à venda de cocaína, heroína e haxixe na cidade de Faro”, sendo, alguns deles e em determinados períodos, auxiliados por outros seis.
Entre fevereiro e junho de 2021, um dos acusados, de 31 anos, preso preventivamente na cadeia de Faro, terá contactado, através de telemóvel, o seu pai e outros três arguidos e “encomendou-lhes cocaína, heroína e haxixe para serem introduzidos na cadeia”, aponta o MP.
Em fevereiro de 2021, adianta o MP, dois dos arguidos e seguindo instruções de um outro, “entregaram a uma mulher que ia visitar o seu filho à cadeia, um par de calças de ganga com cocaína, heroína e resina de canábis escondida num forro cozido na cintura das calças”.
Acrescenta a Procuradoria, que a mulher entregou as calças misturada com outras peças de roupa ao seu filho, o qual as deveria entregar posteriormente ao arguido que encomendou o produto estupefaciente, “o que só não sucedeu porque a droga foi detetada pela guarda prisional”.
Em abril de 2021, outro dos acusados foi intercetado nas imediações do estabelecimento prisional pela Polícia de Segurança Pública, quando “transportava cocaína e resina de haxixe dissimulados num telemóvel”, alegadamente encomendada por um dos arguidos detido.
Um mês depois, um homem detido à ordem de outro processo, telefonou a uma das arguidas a indicar-lhe a zona do corpo onde deveria dissimular a droga e o lugar onde a colocar durante o período da visita, “tendo a mulher seguido as instruções e introduzido a droga na cadeia oculta por baixo da roupa”.
A acusação foi deduzida pelo Procurador da República da 2.ª secção do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) da comarca de Faro, numa investigação da