As fraudes com cartões Multibanco estão a aumentar em Portugal, e os esquemas usados pelos criminosos são cada vez mais sofisticados. De acordo com a DECO PROteste, existem várias formas de fraude bancária que podem levar ao roubo direto de dinheiro ou de dados pessoais. A organização de defesa do consumidor identificou os sete métodos mais comuns e explica como se proteger.
Phishing: o engodo digital mais comum
Segundo a DECO PROteste, o phishing continua a ser uma das técnicas mais perigosas. Através de mensagens falsas enviadas por e-mail, SMS ou redes sociais, os burlões fazem-se passar por entidades conhecidas, como bancos ou Finanças, para enganar os consumidores e obter dados pessoais. “Nunca clique em links suspeitos e confirme sempre o remetente antes de responder”, alerta a associação.
Clonagem de cartões: o perigo no multibanco
Um dos esquemas mais antigos, mas ainda eficaz, é a clonagem de cartões. Os burlões instalam dispositivos nos terminais automáticos que copiam as informações da banda magnética e registam o código PIN através de microcâmaras. A recomendação é simples: use apenas caixas com boa iluminação e evite equipamentos com aspeto alterado.
Chamadas fraudulentas e pharming
Outro esquema cada vez mais comum envolve chamadas telefónicas de falsos funcionários bancários. “Os bancos nunca pedem códigos de acesso ou dados pessoais por telefone”, explica a DECO PROteste.
Já no pharming, os criminosos redirecionam as vítimas para sites falsos, idênticos aos das instituições legítimas, com o objetivo de recolher informações confidenciais. Para evitar o golpe, o ideal é digitar o endereço manualmente e evitar páginas patrocinadas.
Spyware e roubo de correspondência
Há também fraudes menos visíveis. O spyware, um software malicioso, é instalado sem o conhecimento do utilizador e recolhe informação sensível, como dados de login e palavras-passe. Manter o antivírus atualizado e evitar descarregar ficheiros desconhecidos são passos essenciais.
Outro perigo é o roubo de correspondência: cartas que contêm cartões, códigos PIN ou comunicações do banco podem ser intercetadas. A DECO aconselha a pedir envio seguro e destruir correspondência antiga.
Spoofing: o golpe que engana até os mais atentos
O spoofing é um dos esquemas mais recentes e difíceis de detetar. Através de e-mails, chamadas ou sites falsos, os burlões fazem-se passar por entidades legítimas para tentar obter dados ou convencer as vítimas a fazer transferências. “Desconfie sempre de contactos não solicitados e nunca partilhe informações pessoais”, reforça a associação.
Movimentos suspeitos? Aja rápido
Se notar movimentos suspeitos na conta, o primeiro passo é contactar imediatamente o banco e pedir o cancelamento do cartão. De acordo com a DECO PROteste, as instituições são obrigadas a reembolsar o valor perdido, desde que o titular comunique o incidente até 13 meses após o débito e não tenha havido negligência.
A organização lembra ainda que deve apresentar queixa às autoridades e guardar todos os comprovativos. O essencial, conclui, é agir depressa e adotar medidas preventivas: reforçar a segurança digital, desconfiar de mensagens ou chamadas suspeitas e monitorizar regularmente os movimentos bancários.
Leia também: Não saia do Multibanco sem confirmar isto: autoridades avisam para esquema quase ‘invisível’ que clona cartões

 
			
							














