A Câmara de Silves vai dispor de um orçamento de 80 milhões de euros em 2025, dos quais 48 milhões são despesa corrente e os restantes de investimento, revelou à Lusa fonte do município.
O orçamento para 2025 conta com uma verba global superior ao de este ano em cerca de oito milhões de euros, apontou o município à agência Lusa, justificando a diferença com “o grande volume de investimento acumulado”, que está suportado por empréstimo bancário, fundos comunitários ou outras receitas, indicou.
A única autarquia de maioria CDU no Algarve aprovou o documento estratégico para o próximo ano com os votos dos eleitos dessa força política (quatro) e as abstenções de PSD (dois) e PS (um), na Câmara Municipal, a 26 de novembro.
A Assembleia Municipal ratificou a proposta em meados de dezembro, com 12 votos a favor da CDU e de um eleito pelo PSD, as abstenções de sete eleitos social-democratas e seis do PS, e um voto contra do Chega, assinalou o município.
Às despesas correntes de 48 milhões de euros, vão somar-se as despesas de investimento em áreas como a Rede de Água e Saneamento (9 milhões de euros), a Requalificação e Reabilitação Urbana (5 milhões de euros), os Equipamentos de Saúde (1,2 milhões), a Rede Viária (9,5 milhões de euros) ou a Salvaguarda do Património Cultural (1,4 milhões), elencou.
Está ainda previsto 1,1 milhões de euros de investimento no parque escolar, 2,7 milhões de euros na Ação Social, 700.000 euros na Habitação Social, 880.000 euros em ações de caráter social, 1,5 milhões em Atividades Culturais, 7,7 milhões em Educação e 2,2 milhões no apoio ao movimento associativo e às corporações de bombeiros do concelho, pertencente ao distrito de Faro.
A Lusa questionou a Câmara de Silves sobre as taxas de impostos que vão ser aplicadas em 2025 e a autarquia respondeu que o Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) terá a “taxa mínima”, com redução do valor para agregados com um, dois e três ou mais dependentes, enquanto a derrama “não é aplicada”.
O IRS é “uma receita fundamental da autarquia que é transferida anualmente pelo Estado Central” e “não há devolução de verbas”, referiu a autarquia, considerando que “a justiça fiscal/redução de impostos é responsabilidade da Administração Central”.
Questionada sobre a importância da aprovação do orçamento para 2025, a Câmara de Silves respondeu que “é um instrumento fundamental (flexível) que orienta a política/ação autárquica” e “mantém a elevada dinâmica em termos de volume de investimento, obras e atividades”.
O objetivo final é “defender a qualidade do serviço público, servir as populações e assegurar o reforço da coesão social e territorial”, concluiu.
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