Depois de um processo de insolvência que durou dois anos, a Varandas de Sousa, conhecida como o “rei dos cogumelos”, é atualmente uma empresa com três unidades industriais – e está a construir uma quarta. Isto depois do fundo Core Capital, de Martim Avillez Figueiredo, Nuno Fernandes Thomaz e Pedro Araújo e Sá, ter ficado com 60% da empresa a seguir a um perdão de dívida de 54 milhões de euros, de acordo com o “Jornal de Negócios” desta quinta-feira.
A produtora de cogumelos sediada em Vila Flor, a maior do País, é hoje detida pela Core Capital, em 60%, pela Sogepoc, em 30%, e pela Sugal, em 10% – o que significa que João Ortigão Costa, neste caso o “rei” do tomate e das nozes, detém 40%.
O fundo de capital de risco está a investir 1,7 milhões de euros e 8,5 milhões de euros para modernizar as instalações já existentes e para criar uma nova, respetivamente. Nesta, produzirá composto, essencial para a produção de cogumelos frescos, reduzindo fortemente as importações desta matéria-prima da Irlanda.
A reabilitação da capacidade da empresa, entretanto, já está a dar resultados, com uma subida da faturação de 20% desde a aquisição da Varandas de Sousa, em 2020, para os 18,5 milhões de euros em 2021.
Durante o processo de insolvência, a empresa perdeu valências como a da produção do próprio composto, o que está a ser recuperado agora com a reabilitação dessa linha de produção. Esta produzirá, a partir do verão, altura em que deverá ser inaugurada, 400 toneladas semanais. De acordo com o presidente executivo, António Vaz, citado pelo “Jornal de Negócios, esta fábrica “permitirá reduzir as importações em cerca de cinco milhões de euros”.
- Texto: Expresso, jornal parceiro do POSTAL