Com a crescente popularidade das plataformas de entrega de comida ao domicílio, as taxas aplicadas aos utilizadores têm sido alvo de críticas e discussões. Recentemente, uma publicação na rede social Threads levantou a questão sobre a cobrança de uma “sobretaxa de mau tempo” por parte da Glovo, após apresentar uma imagem de uma ordem de compra com valores discriminados.
Na imagem partilhada, era visível a cobrança de 2,49 euros pela entrega, 0,19 euros pelo serviço estimado, 10,50 euros pelo produto estimado e, o mais intrigante, 1,29 euros pela “sobretaxa de mau tempo”. Tal prática gerou desconforto entre os utilizadores da plataforma, levando a várias questões: “Não basta a taxa de entrega, ainda me cobram mais por estar a chover?”, perguntava o autor da publicação.
Em resposta à questão, a Glovo confirmou ao Polígrafo a veracidade desta prática. Segundo um porta-voz da empresa, “qualquer valor cobrado ao cliente é previamente informado, incluindo o motivo da cobrança, antes da confirmação do pedido”. Ou seja, não há lugar a “taxas surpresa”, e o utilizador tem sempre conhecimento prévio dos valores aplicados.
No que toca especificamente à “sobretaxa de mau tempo”, a empresa explicou que, em momentos de condições climatéricas adversas, como chuva intensa, vento forte ou tempestades, esta taxa é aplicada. No entanto, a Glovo fez questão de esclarecer que “quando o cliente paga esta taxa, o estafeta também recebe um valor adicional ao aceitar esse pedido”, garantindo assim uma compensação justa pelo esforço e pelo risco acrescido.
As condições meteorológicas adversas representam um desafio acrescido para os estafetas, que continuam a trabalhar sob estas condições para garantir a entrega dos pedidos. Assim, esta sobretaxa visa refletir tanto o aumento de dificuldade quanto a segurança dos trabalhadores envolvidos no processo.
A Glovo, à semelhança de outras plataformas de entrega, tem vindo a ajustar as suas práticas e políticas de preços, procurando um equilíbrio entre as necessidades dos clientes e a remuneração adequada dos estafetas. Mesmo assim, a aplicação de taxas em situações específicas como o “mau tempo” levanta questões sobre a transparência e o impacto nas carteiras dos utilizadores.
Para os consumidores, a questão central permanece: até que ponto as taxas aplicadas são justificadas e, acima de tudo, como é que estas práticas influenciam a experiência de utilização destas plataformas? Embora a Glovo garanta que tudo é comunicado de forma clara, a discussão sobre as taxas cobradas nas entregas de comida ao domicílio parece estar longe de terminar.
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