Portugal testemunhou mudanças significativas no tecido salarial ao longo dos anos, com uma evolução nos salários de diversos estratos profissionais. De acordo com os dados compilados e divulgados pela Pordata, em 2021, o salário médio mensal bruto dos profissionais altamente qualificados era de 1.198 euros.
Os profissionais altamente qualificados, em 1985, auferiam em média 213,4 euros, mas em 2021, os seus salários aumentaram para 1.198 euros.
Os profissionais não qualificados viram os seus salários subir de 111,4 euros em 1985 para 710,2 euros em 2021. Os profissionais semiqualificados passaram de 125,2 euros para 762,5 euros no mesmo período.
Os quadros médios também tiveram uma trajetória ascendente, com os seus salários a subir de 286,1 euros em 1985 para 1.519,6 euros em 2021.
Leia também: Médicos internos do SNS iniciam greve de dois dias por melhores salários
Já os quadros superiores viram uma mudança maior, com os seus salários a aumentar de 386,4 euros em 1985 para 2.149 euros em 2021.
O salário médio mensal bruto de todos os trabalhadores em Portugal aumentou, em média, cerca de 622% entre os anos de 1985 e 2021.
Ainda existem desafios a enfrentar, especialmente em relação aos profissionais qualificados e semiqualificados, que, embora tenham experimentado melhorias, ainda se encontram abaixo dos níveis desejados.
O panorama salarial em Portugal continua a evoluir, e é fundamental continuar a promover políticas que incentivem o crescimento sustentável dos rendimentos dos trabalhadores em todos os estratos profissionais.
Portugal, apesar dos progressos registados na valorização dos salários ao longo dos anos, continua a enfrentar o desafio de ter salários inferiores à média da União Europeia.
Esta discrepância salarial em relação a muitos outros países europeus destaca a necessidade contínua de políticas e estratégias destinadas a aumentar a competitividade e a qualidade de vida dos trabalhadores portugueses.
Dados fornecidos pela Portada.
Leia também: 74% das pensões de velhice da Segurança Social são inferiores ao salário mínimo