Localizado entre a praia Verde e Altura, Castro Marim, a 500 metros da praia e com uma frente de mar de 1,2 quilómetros de extensão, o projeto Verdelago está a mudar a paisagem e vai revolucionar o turismo desta parte do sotavento algarvio.
O investimento ronda os 270 milhões de euros e dois anos após o início da construção a maior parte das casas de luxo que integram o aldeamento turístico de grandes dimensões já se encontra de pé.
O projeto tem mais de 30 anos e iniciou-se quando um grupo de investidores finlandeses adquiriu os terrenos para construir um empreendimento de luxo. Tentativa que se revelou fracassada.
Os terrenos acabaram depois nas mãos da Inland, de Luís Filipe Vieira. Depois de vários chumbos, o empreendimento foi classificado como Projeto de Interesse Nacional, em 2006. A sua construção no entanto nunca avançou, até à queda do Banco Espírito Santo (BES) e do império de Vieira.
Em 2021, o fundo de capitais portugueses Oxicapital adquiriu a maioria do capital da sociedade Verdelago, através do fundo Aquarius, assim como parte da dívida do grupo Promovalor, também de Vieira, ao atual Novo Banco.
O Plano de Pormenor do empreendimento foi alterado para tentar minimizar o impacto ambiental, tendo obtido pareceres favoráveis da Agência Portuguesa do Ambiente e do Instituto de Conservação da Natureza.
A autarquia de Castro Marim considera que este projeto turístico “vem harmonizar um espaço morto”.
O projeto é considerado o maior alguma vez realizado no sotavento algarvio. O resort turístico de luxo vai dispor de 537 unidades de alojamento compostas por 340 unidades turísticas (apartamentos, ‘townhouses’ e ‘villas’) e um hotel de cinco estrelas, com 197 quartos.
Os preços situaram-se a partir de 500 mil euros para os apartamentos, 820 mil euros para as ‘townhouses’ e 1 milhão e 750 mil euros para as ‘villas’.
Apesar dos preços elevados, considerados inacessíveis à grande maioria dos portugueses, os principais compradores foram mesmo nacionais.
“Esse acordo vai trazer ao município um investimento de cerca de quatro milhões de euros, que será investido em Altura, porque sentimos que deve haver uma valorização daquela freguesia onde o projeto vai ser desenvolvido”, afirmou a vice-presidente de Castro Marim, Filomena Sintra ao Correio da Manhã.