O município de Vila Real de Santo António assinala os 510 anos da fundação de Santo António de Arenilha com um programa comemorativo, no dia 8 de fevereiro.
As celebrações têm início, às 11:00, com a inauguração do painel toponímico “Rotunda Capitão Cristóvão de Mendonça”. O momento simbólico de descerramento do painel, alusivo ao comendador de Arenilha, terá lugar na rotunda da Avenida das Comunidades Portuguesas, em VRSA.
A iniciativa contempla ainda a realização da conferência “O conhecimento histórico sobre Santo António de Arenilha: o estado da questão”, que terá lugar no Arquivo Histórico Municipal António Rosa Mendes, às 18h00, e será conduzida pelo historiador e investigador Fernando Pessanha.
Em 1513, no dia 8 de fevereiro, foi redigida a carta de Privilégio na qual o rei D. Manuel manda proceder à construção da vila de Arenilha. Um documento que veio assinalar formalmente a constituição da sede de concelho, assim como os limites geográficos do então termo de Santo António de Arenilha.
A identificação de novas fontes e o seu estudo têm trazido novas informações a público e, nesta sequência de descobertas, surgiram há poucos anos dois documentos que revelavam a existência de um comendador de Arenilha até então desconhecido: Cristóvão de Mendonça.
O capitão, filho de Diogo de Mendonça, alcaide-mor de Mourão, foi um dos navegadores mais polémicos e controversos da história dos Descobrimentos Portugueses e aparece referido na documentação como fidalgo da Casa Real e cavaleiro da Ordem de Cristo, em 1514.
Cristóvão de Mendonça partiu para o Oriente em busca das míticas Ilhas do Ouro, em 1519, e quando regressou, foi generosamente agraciado com rendas, mercês e distinções.
Foi também nomeado para a capitania de Ormuz, uma das mais rentáveis e cobiçadas de todo o Império no Oriente e uma comenda da Ordem de Cristo: a comenda da vila de Arenilha, na foz do Guadiana.