Está marcada para 1 de fevereiro uma greve de professores, que abrange restante pessoal não docente, a exigir o encerramento das escolas num momento “gravíssimo” que o país atravessa com a pandemia covid-19.
“O Governo insiste nesta atitude irresponsável de manter as escolas abertas, o que é um sério risco para todos os profissionais das escolas, docente e não docente, os alunos e as suas famílias, e não queremos ser carne para canhão”, frisa André Pestana, coordenador do Sindicato de Todos os Professores (STOP), que convocou a greve a 1 de fevereiro.
O sindicato tem defendido ensino presencial, mas nesta fase aguda da pandemia considera haver motivos de força maior para o fecho das escolas.
“Se não é bom para os alunos perderem quatro ou seis semanas de ensino presencial, o que está em causa é pior se o Sistema Nacional de Saúde colapsar”, adverte.
A greve também decorre “em respeito pelos profissionais de saúde, que estão esgotados, e já há casos de médicos que têm de escolher quem vão salvar”, salienta o coordenador do sindicato.
“Este é um momento gravíssimo, que nunca vivemos, e a cada dia que passa sem fechar as escolas estão a roubar-se muitas vidas”, frisa André Pestana. “O Governo insiste nesta atitude irresponsável de manter as escolas abertas, apesar dos epidemiologistas defenderem que já deviam ter fechado”.
O Sindicato de Todos os Professores, que também representa todo o pessoal não docente das escolas, convidou as centrais sindicais a fazer pressão para o fecho das escolas, “para juntar forças e estarmos todos juntos, para que o Governo mude de atitude”, pois “a cada dia de atraso, são muitas vidas que se vão perder”.
O Sindicato já tinha apelado ao Governo e a várias outras instituições, incluindo o Presidente da República, para o fecho das escolas nesta fase crítica da pandemia. “É impressionante o Governo não ver como a situação se está a agudizar, e insistir em ter as escolas abertas”, conclui André Pestana.
Notícia exclusiva do nosso parceiro Expresso
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