O ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, disse este domingo em entrevista à TSF e ao “Jornal de Notícias” temer que as gerações que frequentam a escola percam mais do que um ou dois anos letivos.
“Agora, o que temos que fazer é, entre todos, encontrar sustentação, obviamente financeira, mas também de trabalho, de políticas públicas, para que possamos ter novas estratégias complementares às que já existem”, sublinha.
“Falamos muito agora da possibilidade da criação de um plano, que estamos a preparar, para a recuperação e consolidação das aprendizagens, mas este é um trabalho que está a ser feito pelas escolas desde há muito”, acrescenta, recordando que durante o primeiro confinamento foi também apresentado um plano para a reorganização dos currículos e com um grande investimento em recursos humanos. Concretamente, foram contratados mais 3300 professores e oito mil assistentes operacionais desde julho.
Para o ministro, “a Educação em tempos pandémicos é sempre uma Educação de contingência”. “Aquela ideia, muitas vezes quase de chavão e de argumento fácil, de que esta crise será uma grande oportunidade, para as escolas não o é necessariamente. É uma falácia pensar que uma crise pode configurar uma oportunidade”, sublinha.
Brandão Rodrigues recorda que tem havido um esforço grande para “robustecer a resiliência do sistema educativo para poder viver em tempos pandémicos”, através de bolhas de funcionamento, circuitos de circulação, máscaras e higienização das mãos e dos espaços. Além da testagem e da vacinação de professores, que arrancou este fim de semana.
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