Os exames nacionais de acesso ao ensino superior vão ser realizados em julho e nos mesmos moldes do ano passado, mas o Instituto de Avaliação Educativa (IAVE) aumentou o número de perguntas obrigatórias. O principal objetivo é evitar o “excessivo enviesamento” verificado nas notas do ano passado.
O presidente do IAVE, Luís Pereira dos Santos, esclarece, em declarações ao jornal “Público”, que os exames deste ano “não são difíceis”, acrescentando que o grau de dificuldade das questões “está totalmente dentro dos padrões habituais” dos últimos anos. Contudo, em algumas disciplinas vai ser obrigatório responder até ao triplo das questões comparado com o ano passado.
“O que estamos a fazer é aquilo que tecnicamente se chama controlar o poder de discriminação da prova”, explica Luís Pereira dos Santos. O responsável explicita que este ano as avaliações foram feitas desde início a pensar no sistema em que há perguntas opcionais, caso que não se verificou nos exames do ano passado. O presidente do IAVE acredita que este ano vai haver “um maior equilíbrio” nas questões apresentadas.
O IAVE publicou, esta semana, as instruções de realização e cotação das provas, assim, sabe-se quantas perguntas serão obrigatórias em cada prova.
Na disciplina de Geografia A, os alunos terão de responder obrigatoriamente a 18 questões, mais 13 que há um ano.
Em Filosofia serão 12, o ano passado eram apenas quatro perguntas obrigatórias.
A Matemática A serão 11 perguntas obrigatórias, eram quatro há um ano.
A Português e a Física e Química serão o dobro das perguntas obrigatórias em comparação com o ano anterior. Português terá dez perguntas obrigatórias e Física e Química 16.