O primeiro-ministro, António Costa, disse esta terça-feira esperar que as escolas reabram no dia 10 de janeiro, como preveem as atuais medidas de contenção da pandemia da covid-19, mas adiantou que será preciso reavaliar a situação epidemiológica do país.
O Governo já tinha anunciado o adiamento do início do 2.º período letivo, para que as escolas estivessem encerradas na primeira semana do ano, mas, com os alunos do pré-escolar ao secundário de férias desde a passada sexta-feira, o Conselho de Ministros decidiu hoje que as creches e ATL, que estariam a funcionar até ao Ano Novo, fecham mais cedo já no dia 25.
Durante a conferência de imprensa em que apresentou esta e outras medidas de contenção da pandemia, António Costa foi questionado se acreditava que os estabelecimentos de ensino poderiam reabrir como previsto no dia 10 de janeiro e, depois de dizer que não se trata de acreditar, o primeiro-ministro acabou por admitir essa esperança.
“Acho que já todos aprendemos, ao longo desta pandemia, que não é uma questão de acreditar, de ser otimista ou pessimista. É uma questão de ser realista e de, a cada passo que damos, ver a situação em que efetivamente estamos”, disse.
Segundo António Costa, está prevista a reavaliação da situação epidemiológica em Portugal em 05 de janeiro e só nessa altura será possível perceber se o plano inicial se pode manter, mas quanto ao encerramento das escolas, o primeiro-ministro clarificou: “Espero que só até ao dia 10 de janeiro”.
Em Portugal, desde março de 2020, morreram 18.812 pessoas e foram contabilizados 1.233.608 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.
Uma nova variante, a Ómicron, classificada como preocupante pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, a 24 de novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 89 países de todos os continentes, incluindo Portugal