
Aurélio Madeira, actor e encenador no teatro amador, acaba de estrear-se como dramaturgo com a publicação da peça de teatro “O Mano”, tendo contado com o apoio da Editora Guadiana.
Trata-se de uma narrativa dramática, distribuída por cinco quadros, em três actos. A acção decorre em tempo de crise, quando, no próprio dia do funeral da mãe, o irmão que tinha abandonado a casa materna exige do outro, que vivia com a falecida mãe, que de imediato procedam à alienação da casa herdada e do património.
Conforme explica a Editora Guadiana, “o tema é intemporal, pode ser o de qualquer crise. O autor, com a experiência de homem de teatro, cria as personagens com esmero e joga com a língua portuguesa, do erudito ao jargão”.

Aurélio Madeira, autor premiado na juventude a nível nacional, foi co-fundador do grupo de teatro António Aleixo na cidade onde exerceu actividade de bancário no já extinto BNU, Vila Real de Santo António.
Em Faro, a sua cidade natal, distinguiu-se na representação em vários grupos de teatro que marcaram a origem do Grupo de Teatro Lethes do qual tem sido colaborador.
Amador de teatro desde os 13 anos, participou em récitas escolares, passando depois pelo teatro de amadores de Faro. Posteriormente, aderiu ao grupo de teatro do Círculo Cultural do Algarve. No ano de 1961, inserido neste grupo, foi-lhe atribuído o “Prémio João Rosa” da melhor interpretação masculina, no concurso de teatro amador que decorreu em Lisboa no Teatro da Trindade. A sua actuação no Teatro de São Carlos, em Lisboa, no Quinto Centenário do nascimento de Gil Vicente, introdutor do teatro em Portugal, mereceu-lhe a atribuição do “1º Prémio Gil Vicente”.
Aurélio Madeira é também poeta. Por opção própria será difícil trazer a poesia que faz à luz do dia.