Os setores criativos e culturais na União Europeia (UE) terão apoios comunitários de 385 milhões de euros este ano, mais 100 milhões do que no ano passado, principalmente devido à crise da covid-19, anunciou esta quinta-feira a Comissão Europeia.
“A Comissão adotou hoje [quinta-feira] o programa de trabalho para 2022 do Europa Criativa, que será seguido do lançamento dos convites à apresentação de propostas pertinentes. Com um orçamento de cerca de 385 milhões de euros, ou seja, quase mais 100 milhões de euros do que em 2021, o programa Europa Criativa reforça o seu apoio aos parceiros criativos e culturais, tendo devidamente em conta os desafios resultantes da crise da covid-19 e a crescente concorrência mundial”, anunciou a instituição em comunicado.
Em causa estão programas de apoio aos setores da música, do património cultural, das artes do espetáculo e da literatura, bem como um regime de mobilidade para os artistas, criadores ou profissionais da cultura terem oportunidades de desenvolvimento profissional ou de colaborações internacionais, bem como de promoção.
Estão ainda abrangidos apoios aos meios de comunicação social e ao audiovisual, desde logo com a iniciativa “Media 360 graus”, que se centra em fóruns industriais com empresas ao longo de toda a cadeia de valor audiovisual, e com um reforço da colaboração entre festivais de cinema.
Já no âmbito transetorial, Bruxelas destina financiamento ao Laboratório de Inovação Criativa para projetos conjuntos de inovação que envolvam vários setores criativos, contribuindo também para o Novo Bauhaus Europeu.
Os setores culturais e criativos da UE representam 4,2% do Produto Interno Bruto (PIB) total e 3,7% da mão de obra.
O orçamento total disponível para o programa Europa Criativa de 2021 a 2027 ascende a cerca de 2,4 mil milhões de euros, um aumento de 63% em relação ao quadro financeiro plurianual anterior, entre 2014 e 2020.
“O aumento do orçamento reflete o compromisso da União Europeia para ajudar o setor a recuperar e para promover a sua resiliência nos próximos anos”, adianta a Comissão Europeia.