
O Restaurante Estaminé situado na Ilha Deserta ardeu totalmente durante a noite de terça-feira. De acordo com o comandante da Zona Marítima do Sul, Fernando Rocha Pacheco, as autoridades receberam o alerta pelas 23:00 e mobilizaram a Polícia Marítima e os Bombeiros Sapadores de Faro.
“O incêndio é visível até da parte de Olhão e de Faro, do lado de cá da Ria [Formosa]”, descreveu o comandante, adiantando que o fogo é de “grandes dimensões” e que o restaurante “está a ser consumido” e já “não há nada a salvar”.
O comandante Rocha Pacheco acrescentou que não houve feridos, uma vez que é “uma ilha deserta, em abstrato, não tem lá ninguém”.
O proprietário do estabelecimento já foi contactado e os bombeiros estão a tentar “debelar as chamas.
As imagens de Jorge Rico e os vídeos partilhados por João Pereira revelam um cenário dantesco, com vários rebentamentos testemunhados por várias pessoas.
Não se sabe até ao momento o que terá estado na origem do incêndio no único restaurante da Ilha Deserta, considerado um dos locais na região onde se pode saborear peixe fresco e marisco, entre outras especialidades genuinamente algarvias.
O restaurante de José Vargas estaria em obras de remodelação do telhado, segundo fonte sujeita a confirmação. Até ao momento, não há conhecimento de vítimas humanas, mas tudo indica que os prejuízos recaem sobre a totalidade do edifício feito em madeira, cujas chamas eram visíveis a vários quilómetros e de difícil acesso por apenas se fazer de barco.
O Estaminé é considerado uma das casas gastronómicas de referência no Algarve. Encontra-se integrado na paisagem e é considerado, pelos seus aficionados “amigo do ambiente”, um espaço que oferece “condições perfeitas para uma refeição diferente” que “prepara petiscos excelentes da sua cozinha movida a energia solar”

Situado no extremo mais a sul de Portugal, “as vistas são de tirar a respiração e eternas para o mar azul… Da ilha é um rápido salto de volta ao continente, a Faro”, pode ler-se num dos muito comentários deixado nas redes sociais que referem o restaurante.
“As instalações têm todo o conforto, qualidade e paisagem que a Ria e o Mar oferecem, aliados à tradicional e excelente gastronomia regional”.







SOBRE O RESTAURANTE ESTAMINÉ
No próprio site do prestigiado Restaurante Estaminé pode ler-se que “está situada na ponta mais a sul de Portugal, na costa algarvia, no bonito Parque Natural da Ria Formosa. A Ilha Deserta é um destino descontraído, em uma impressionante extensão de dunas de areia branca. Com vistas panorâmicas deslumbrantes, Estaminé é um excelente local para relaxar com amigos ou família”.
CARDÁPIO
“Nascidos e criados à beira-mar, os algarvios integram os dons do oceano na gastronomia há gerações.
Nosso cardápio é uma coleção de sabores, aromas e texturas colhidos nas ondas e desenvolvidos à mesa com a família e amigos.
Na Estaminé, reconhecemos que a comunidade é fundamental para a cozinha portuguesa e esperamos fomentar a conversa com pratos concebidos para serem descobertos em conjunto.
Quer esteja a saborear amêijoas locais ou a escolher um peixe fresco para grelhar no carvão, está a aproveitar uma experiência que Estaminé vem aperfeiçoando há mais de três décadas.
Esperamos que você goste da comida, bebida e experiência que Estaminé tem a oferecer e volte para nos visitar em breve!”
ECOLOGIA ARQUITETURA ORIGINAL
““Visto de cima parece um caranguejo”. É o que diz sobre a arquitetura do edifício numa publicação da especialidade. Mas além de querermos criar um edifício que se adaptasse bem à paisagem envolvente, não o queríamos interferir no bem-estar da Ilha, a falta de infraestrutura pública fez com que tivéssemos que ter ideias para produzir energia, fazer água potável e cuidar do esgoto.
Se a Estaminé se orgulha de chamar de lar as margens da Ria Formosa desde 1987, a estrutura que hoje encontra é uma reinvenção do restaurante, trabalhada em 2007, a pensar na sustentabilidade.
Como inquilino único permanente da Ilha Deserta, buscamos novas maneiras de minimizar nosso impacto ambiental e aproveitar a abundância de recursos renováveis que a ilha tem a oferecer. Painéis solares posicionados no topo e ao lado do prédio agora produzem quase a totalidade de nossas necessidades de energia durante todo o ano, e a água subterrânea coletada purificada por osmose reversa compreende o abastecimento de água do restaurante.
Visto de cima, o próprio restaurante assume a forma de um caranguejo entre as dunas de areia, uma homenagem arquitectónica aos nossos vizinhos menores que correm ao longo da costa. Olhando ao redor, você pode notar o caminho de madeira que se ramifica da madeira do restaurante para a natureza intocada.
Concebido para ajudar os hóspedes a atravessar a ilha, o calçadão serpenteia para o oeste antes de virar para o sul no Cabo de Santa Maria para se reunir com as costas do Atlântico, dois quilómetros depois. Uma curta caminhada pela praia o levará de volta ao restaurante ou ao píer, que também criamos para tornar sua viagem de ida e volta à Ilha Deserta o mais tranquila possível”.
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