Embora grande parte das cidades do Algarve estejam perto do mar, existem pequenas vilas e aldeias que não se encontram assim tão próximas do oceano atlântico. Ali, o calor do verão é ainda mais intenso e na ausência de uma praia para estender a toalha e mergulhar nas suas águas, há sempre uma alternativa de refresco. Naquela que é considerada a “aldeia mais típica do Algarve” existe uma fonte onde muitos mergulham nos meses de verão.
A aldeia de Alte, no concelho de Loulé, teve origem durante a ocupação romana e quem por ali passa irá deslumbrar-se com as ruas do centro histórico, que mantêm muito do seu caráter nas casas caiadas, nas janelas e platibandas debruadas a cor, nas chaminés rendilhadas e na tranquilidade envolvente. Diz-se até que Alte é uma das aldeias mais bem preservadas do Algarve. Em 1938 ficou inclusivamente conhecida como Aldeia Cultural, no Concurso da Aldeia Mais Portuguesa de Portugal.
Em Alte, os principais destaques vão para a ribeira que atravessa a aldeia, assim como para a Fonte Grande e Fonte Pequena, que se encontram no meio desta pequena localidade. A grande quantidade de água proveniente da ribeira e das fontes tornava Alte numa aldeia muito cobiçada, já desde os tempos dos romanos. Hoje, para além de estas fontes serem protagonistas de muitas fotografias nas redes sociais, são também o local de eleição para os residentes e turistas mergulharem nos meses de verão.
Por falar em mergulhos, já fora do centro histórico de Alte pode sempre ir até à cascata da Queda do Vigário. É ali que caem as águas da ribeira de Alte, numa descida a pique com 24 metros de altura. As águas da ribeira caem para um grande lago onde se pode mergulhar. De acordo com o Nautical Portugal, o acesso a este espaço faz-se, após o estacionamento, junto ao cemitério, numa descida de cerca de 300 metros.
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