Este verão ficou conhecido como o “verão da pandemia” em que prevaleceram as viagens de proximidade na Airbnb em Portugal. A procura pelos hóspedes que vivem a menos de 500km ou 300 milhas, aumentou os ganhos e permitiu o acolhimento em todas as regiões, nomeadamente em destinos de verão menos tradicionais.
As receitas do acolhimento provenientes de reservas feitas por viajantes próximos, durante julho e agosto, cresceram cerca de 30%, em comparação com o mesmo período do ano passado.
Para além disto, as regiões que normalmente não eram associadas a viagens de verão, foram tendência neste verão. As cinco regiões tendência, medidas pelo crescimento dos ganhos dos anfitriões dos hóspedes de viagens de proximidade, foram: Viseu (248%), Açores (190%), Vila Real (180%), Castelo Branco (164%) e Santarém (156%).
Por outro lado, e apesar das restrições às viagens internacionais, os anfitriões em destinos insulares, como os Açores e Madeira, ganharam mais este verão com os viajantes de proximidade, o que mostra a força dos corredores internos e das viagens domésticas portuguesas nas ilhas.
As tendências das viagens de proximidade começaram a manifestar-se logo nas primeiras fases do desconfinamento na Europa, quando a percentagem de reservas feitas em Portugal por hóspedes que vivem num raio inferior a 500 km (ou 300 milhas) passou de 6% em fevereiro para 46% em maio.
Durante a pandemia de COVID-19, uma vez que o confinamento levou ao isolamento e a dificuldades económicas para tantas pessoas em todo o mundo, mais de 200.000 novos anfitriões abriram as suas casas aos primeiros hóspedes na Airbnb.
Em comunicado, a empresa realça ainda que “estes novos anfitriões vivem em todos os continentes – exceto na Antártida -, em mais de 200 países e regiões, e estimamos que 57 por cento deles são mulheres. E porque a facilidade da listagem torna possível à Airbnb oferecer alojamento em locais onde os hotéis não têm meios para os ter, muitos destes novos anfitriões encontram-se em cidades mais pequenas, vilas e áreas mais remotas, em posição de beneficiar economicamente do turismo local à medida que as pessoas saem de casa e fazem uma pausa.”
Foram 10 os principais destinos que registaram o maior aumento nas receitas do acolhimento das viagens de proximidade, cerca 5 a 6 vezes mais do que no ano passado, no mês de julho e agosto com o mesmo grupo de hóspedes.
1 – Santa Bárbara de Nexe (Faro)
2 – Boliqueime (Faro)
3 – Pombal (Leiria)
4 – São João das Lampas (Lisboa)
5 – Gondomar (Porto)
6 – Monsanto (Castelo Branco)
7 – Póvoa de Lanhoso (Braga)
8 – Moreira (Porto)
9 – Lagoa (Faro)
10 – Vilela (Vila Real)
Ao viajar para estes destinos, os viajantes optaram por ficar em casas com piscina e espaço suficiente para desfrutar com a sua família, ao mesmo tempo, que levavam consigo o seu animal de estimação e tinham wifi.
Por essa razão, os alojamentos marcados como “Casa”, “Villa”; ou “Chalet”; foram os mais procurados em Portugal.