Uma equipa francesa, composta por quatro cientistas, publicou um estudo que relaciona o número de pacientes infetados com covid-19 com os fumadores. As conclusões, sugerem o uso de nicotina para prevenir a infeção pela doença Sars-CoV-2.
Rapidamente, a notícia se espalhou por vários sites e jornais internacionais. Em Portugal, a informação difundida gerou centenas de partilhas nas redes sociais, principalmente por parte de fumadores, que diziam estar protegidos pelo vírus.
O Polígrafo SIC foi atrás da verdadeira informação. Através de Tiago Alfaro, da Sociedade Portuguesa de Pneumologia, esclarece que “não há lógica nenhuma em que o tabaco (principalmente o cigarro, mas qualquer forma de tabaco) ser protetor de doenças respiratórias”.
O estudo tem limitações cientificas, ou seja, a amostra escolhida, tem uma percentagem alta de ex-fumadores e não incluí os doentes que estavam internados nos cuidados intensivos. Desta forma, não havia a imparcialidade necessária para concluir que a afirmação “a nicotina previne a covid-19”.
Tiago Alfaro reforça que os estudos a fumadores que contrariam o novo coronavírus mostra que estes “têm a doença muito mais grave”.
O Polígrafo classificou este estudo como falso, uma vez que são necessários mais estudos, com fatores mais abrangentes, para se concluir que a nicotina tem benefícios na prevenção da covid-19.