Os principais locais escolhidos pelos encarregados de educação para compra de material escolar para o próximo ano letivo são os híper/supermercados (76%). Este ano verifica-se, no entanto, uma redução de 11% das intenções de compra nestes estabelecimentos face a 2019, segundo revelam dados do Observador Cetelem Regresso às Aulas.
Em segundo lugar no top de preferências encontram-se “as livrarias e lojas especializadas que registam um aumento de 7 p.p. face ao ano passado, reunindo 53% das preferências. Já as papelarias tradicionais são o local eleito para 36% dos portugueses (menos 18 pontos face a 2019)”.
Numa análise mais detalhada, observamos que são os inquiridos “na Grande Lisboa e na região Sul os que mais optam pelas grandes superfícies comerciais (93%). Já na região Centro o local preferido para as compras são lojas especializadas (57%) e na região Sul as papelarias (50%)”.
Os motivos que levam as famílias portuguesas a escolher as grandes superfícies comerciais parecem ser “as ofertas e promoções (64%), mas também a conveniência (46%) porque é nestes locais onde os encarregados de educação fazem muitas das suas compras habituais. Para os inquiridos, as lojas especializadas e as tradicionais papelarias, apesar de não reunirem os mesmos níveis de preferência, têm outras vantagens: mais opções de escolha (41% para as lojas especializadas e 31% para as papelarias) e são especialistas nestes materiais (59% para as lojas especializadas e 58% para as papelarias).”
Dado o contexto dos últimos meses, outro dos aspetos que é também relevante “tem que ver com a grande preferência que os encarregados de educação darão às compras em espaços físicos (66%) ao invés das compras online (8%). Há, no entanto, quem refira usar os dois métodos (19%)”.
Uma lista de compras com o essencial
Para este ano a categoria com maior intenção de compra no Regresso às Aulas é o material escolar essencial, como “mochilas, cadernos e canetas (96%)”.
E “essencial” parece ser mesmo a palavra-chave quando se define “os gastos dos encarregados de educação para este ano, uma vez que diminuem as intenções de compra em todas as restantes categorias”.
Em segundo lugar, e com uma descida de 19 pontos percentuais face ao ano passado, “está o equipamento para a realização de educação física (70%). Também o material de apoio (59%) regista uma ligeira quebra nas intenções de compra (menos 5 pontos)”.
Os artigos de vestuário calçado são, contudo aqueles que “os portugueses consideram menos essenciais para este regresso à escola, com 48% das preferências (menos 40 pontos percentuais face a 2019)”.
Metodologia:
O inquérito quantitativo do Observador Cetelem Regresso às Aulas 2020 foi realizado pela empresa de estudos de mercado Nielsen. Este teve por base uma amostra representativa de 503 indivíduos residentes em Portugal Continental, de ambos os sexos, com idades compreendidas entre os 18 e os 65 anos de idade e com estudantes a seu cargo. Para obter as 503 entrevistas a pessoas com estudantes a cargo, foram realizados 1303 contactos representativos da população.
A amostra total é representativa da população e está estratificada por distrito, sexo, idade e níveis socioeconómicos e conta com um erro máximo associado de +/- 4.4 pontos percentuais para um intervalo de confiança de 95%.
As entrevistas foram realizadas telefonicamente (CATI), com informação recolhida por intermédio de um questionário estruturado de perguntas fechadas. O trabalho de campo foi realizado entre 20 a 30 de julho de 2020.
A maioria dos inquiridos pelo Observador Cetelem Regresso às Aulas (68%) tem apenas um estudante a seu cargo, 28% tem dois e 4% tem três ou mais. 89% dos inquiridos indicam que os seus dependentes frequentam o ensino público, com os restantes a referir o ensino privado. A grande maioria (75%) tem a seu cargo estudantes do ensino básico – 38% no 3º ciclo; 29% no 2º ciclo e 28% no 1º ciclo. 21% têm estudantes a seu cargo a frequentar o ensino secundário, 11% o ensino pré-escolar e 8% estudantes universitários.