O Município de Lagos anunciou que a Rede Azul – Rede de Teatros do Algarve lançou duas novas iniciativas destinadas a apoiar a criação artística e as estruturas culturais sediadas na região. O plano de atividades para 2025 foi apresentado no Centro Cultural de Lagos, numa sessão conduzida por Sara Coelho, vereadora da Câmara Municipal de Lagos, José Viegas, chefe de divisão de Cultura, Dália Paulo, diretora municipal da Câmara de Loulé, e Gil Silva, diretor do Teatro das Figuras, em Faro.
Segundo a autarquia lacobrigense, “a Bolsa de Espetáculos tem como objetivo garantir que, em 2026, cada parceiro da Rede Azul programe pelo menos um espetáculo da autoria de criadores sediados no Algarve”. A par desta medida, “os equipamentos culturais da rede comprometem-se a dar prioridade a propostas de criadores de outros concelhos, fomentando a circulação artística na região”.

Em simultâneo, foi lançado o Convite à Criação Artística, que visa apoiar financeiramente a criação de novas produções a serem apresentadas em 2026 nos diversos espaços culturais da Rede Azul. “Esta iniciativa dá continuidade a projetos anteriormente desenvolvidos, como ‘Leôncio e Lena’, do LAMA Teatro (2016), ‘Moda Vestra’, de João Frade, Rafael Correia e Ana Perfeito (2018), e ‘Diz-me, António’, de Carolina Cantinho, Armando Correia e Pedro Pinto (2019)”, recorda o município. O apoio financeiro ascende a 50 mil euros, sendo lançado ainda este ano, permitindo que a equipa vencedora inicie a criação em 2025.
As candidaturas decorrem até 31 de julho e devem ser submetidas através de formulário online (Bolsa de Espetáculos e Convite à Criação Artística) , disponível para ambas as iniciativas. Para mais informações, os interessados podem contactar a organização através do email [email protected].
A Rede Azul tem igualmente em curso, ao longo deste ano, um ciclo de conferências e seminários dedicados à reflexão cultural, promovendo o debate entre profissionais do setor artístico e cultural da região.

Criada em 2016, a Rede Azul é definida pela autarquia como “uma estrutura informal que visa estimular a criação, circulação e promoção da oferta cultural existente na região ao nível das artes performativas e dos seus diálogos, facilitando a articulação entre os diversos equipamentos culturais”.
Atualmente, a rede integra treze equipamentos culturais, incluindo estruturas nos municípios de Albufeira, Castro Marim, Faro, Lagoa, Lagos, Loulé, Olhão, Portimão, São Brás de Alportel, Silves, Tavira, Vila do Bispo e Vila Real de Santo António.
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