A greve de 24 horas dos trabalhadores de recolha de lixo e higiene urbana de Portimão, registou uma adesão de 19% no turno da manhã, disse à Lusa fonte da empresa municipal EMARP.
A greve foi convocada pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local e Regional, Empresas Públicas, Concessionárias e Afins (STAL), por um período de 24 horas, abrangendo os trabalhadores de recolha de resíduos e da higiene urbana da Empresa Municipal de Águas e Resíduos de Portimão (EMARP), cujo capital social é detido em 100% pela Câmara Municipal de Portimão, no distrito de Faro.
De acordo com a empresa, a adesão registada no primeiro turno, entre as 06:00 e as 13:00, situou-se nos 19% e “não teve impacto no normal funcionamento dos serviços de recolha de resíduos sólidos e de limpeza”.
O sindicato pretende que a administração da empresa cumpra o caderno reivindicativo que aponta “medidas imediatas” para a valorização dos salários e a progressão da carreira dos funcionários.
Em comunicado, a administração da EMARP manifestou-se surpreendida com a marcação da greve, “por se encontrar em curso um processo negocial aberto e ativo, iniciado no ano passado”.
“No âmbito desse processo, ficou acordado que, em 2025, seria iniciada uma nova ronda negocial com o objetivo de melhorar as carreiras dos colaboradores, permitindo uma progressão mais rápida, tornando-as mais justas e atrativas”, refere.
Segundo a EMARP, “fora do âmbito previamente definido”, o sindicato apresentou uma reivindicação de valorização remuneratória “baseada unicamente na antiguidade, propondo que os trabalhadores fossem beneficiados de forma faseada pela mera passagem do tempo”.
A empresa afirma ter respondido com uma contraproposta “equilibrada”, prevendo que qualquer valorização salarial considere não só o tempo de serviço, mas também o mérito, apurado através das avaliações de desempenho realizadas ao longo dos anos.
A Lusa tentou obter uma reação do STAL à posição manifestada pela empresa, mas até ao momento não foi possível.
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