O LAC – Laboratório de Actividades Criativas apresenta a exposição “High tide. Low tide. The time and space in between”, de Jason McGlade e Ricardo Cruzes, cuja inauguração está marcada para o dia 15 de março, às 18:00.
O projeto resulta de uma colaboração artística entre Jason McGlade (Reino Unido) e Ricardo Cruzes (Portugal), desenvolvida no âmbito de uma residência artística realizada entre 25 de março e 7 de abril de 2024. A exposição reflete sobre a relação entre o tempo, o espaço e a natureza, tendo como inspiração a dinâmica das marés.
A mostra combina fotografia analógica e escultura, materializando um diálogo entre as abordagens artísticas dos dois criadores. McGlade, conhecido pela sua utilização experimental de equipamentos fotográficos vintage, traz uma perspetiva única para o projeto, enquanto Cruzes explora formas escultóricas que evocam narrativas visuais envolventes. Através deste encontro, os artistas mergulham na identidade das comunidades locais de Lagos, incluindo os “Índios da Meia Praia”, pescadores e produtores de ostras, explorando a ligação entre o ser humano e o ciclo das marés.
A inauguração contará com performances ao vivo de Gil De Ray e Amália Santos, proporcionando uma experiência imersiva onde som, imagem e escultura se fundem num ambiente único.
Jason McGlade é um fotógrafo e director criativo bem conhecido pela sua abordagem invulgar à fotografia. Estudou Fotografia Documental na Newport University South Wales e no aclamado laboratório criativo Fabrica de Oliviero Toscani em Treviso, Itália. Criou várias campanhas publicitárias para clientes de moda como a Etro e a Diesel e tem sido publicado em todo o mundo em publicações de vanguarda. O seu trabalho editorial inspirou-o a criar a sua própria revista – Freestyle Magazine.
As quatro edições da revista redonda que cabe dentro de um disco voador foram publicadas em colaboração com designers como Eley Kishimoto, Paul Smith e Matthew Williamson e tornaram-se objectos de design muito procurados. Como fotógrafo, McGlade fotografa predominantemente em modo analógico. Passando muito tempo na sua própria câmara escura, explora técnicas fotográficas, faz experiências com películas obsoletas e integra elementos feitos à mão. O processo artístico, bem como o processo prático de criação de imagens, são fundamentais para a sua prática.
Ricardo Cruzes é um designer e artista visual que explora universos imagéticos diversos, investigando cumplicidades populares e sociais mas também os antagonismos do quotidiano.
Licenciou-se em Pintura na ARCA em Coimbra e, após completar os 5 anos de licenciatura, estudou web design durante um ano na ETIC Lisboa. Foi diretor e designer nas suas empresas de design e software, tendo realizado projectos para clientes como a BP-British Petroleum, Banco Santander, Montez Champalimaud e J. Walter Thompson.
O sítio Web que concebeu para o Museu Nacional de Arqueologia foi premiado pela UNESCO (1º lugar mundial na categoria Museus e Património). Equilibrando entre abordagens concetualmente simples, com mensagens relativamente diretas, e intervenções intuitivamente extravagantes, Cruzes trabalha com a cor, o desenho e a escala, frequentemente em colaboração com outros artistas. É artista residente no LAC – Laboratório de Atividade Criativas em Lagos e co-curador das exposições promovidas anualmente por este coletivo em Portugal.
Entre os projetos colaborativos destacam-se “Cruzes + Vargas = 3” (Portugal <> Kuwait) com o Arquiteto Rui Vargas, “Hyperactive Memory Ruins” (Portugal <> Noruega) com o escultor Joel Arantes, e “HighTide, Low Tide. The time and space in between” com Jason Mcglade.
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