Tavira é uma das cidades mais conhecidas do Algarve e é o destino de férias de muitos portugueses e estrangeiros. Quem está de visita à cidade apenas por poucos dias acaba por frequentar sobretudo o centro histórico da cidade e as praias da ilha de Tavira, já que o barco que assegura a ligação até à ilha parte junto ao antigo mercado. No entanto, quem prolonga a sua estadia na cidade acaba por também visitar a “capital do polvo”, que se encontra a apenas dois quilómetros de Tavira.
Santa Luzia não é apenas a vila de onde partem os barcos para a Praia da Terra Estreita, nos meses de verão. Ao entrar nesta pequena localidade, as letras em três dimensões onde se lê Santa Luzia surgem acompanhadas de uma imagem de um polvo, também ela em 3D.
O polvo é o símbolo desta vila, que nasceu por volta de 1577, quando um grupo de pescadores lançou mãos à obra e construiu uma ermida em homenagem à mártir siciliana e protetora dos que sofrem dos olhos, Santa Luzia.
Esta pequena povoação foi elevada a vila em 1999 e ainda nos dias de hoje a captura do polvo continua a fazer parte da rotina dos pescadores que ali vivem. Enquanto antigamente o molusco era capturado por métodos clássicos, em que eram lançados potes de barro para o fundo do mar, hoje os potes de barro foram substituídos por covos, um género de gaiolas que permite capturar quantidades de polvo muito superiores.
O polvo que é todos os dias apanhado pelos pescadores vai depois para os restaurantes da vila. O restaurante A Casa fica mesmo junto à Ria Formosa e todos os dias serve várias iguarias em que o polvo surge como protagonista. Tanto pode comer uma salada de polvo por 11 euros, como rissóis do mesmo molusco pelo mesmo preço, ou ainda um polvo à galega, uma das especialidades da casa. Este último prato atinge os 12 euros.
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