Uma nova fraude está a ganhar terreno e pode afetar qualquer pessoa que use pagamentos contactless no dia a dia. Especialistas em segurança alertam para o fenómeno “Ghost Tapping”, um método silencioso que tenta tirar dinheiro da conta bancária de forma discreta e rápida.
Um alerta que chega dos Estados Unidos
De acordo com o portal de tecnologia 4gnews, a entidade Better Business Bureau lançou um aviso público sobre o crescimento deste esquema. O nome da fraude, Ghost Tapping, surge precisamente por explorar a tecnologia usada para pagamentos por aproximação, como cartões de crédito e débito contactless, carteiras digitais ou aplicações como o PayPal.
Segundo a organização, qualquer pessoa que utilize estes métodos deve estar atenta, já que os criminosos tiram partido da facilidade e rapidez do sistema para se aproximarem das vítimas sem levantar suspeitas.
Para quem utiliza o telemóvel, smartwatch ou cartão para pagar contas, é importante perceber como funciona esta técnica e quais os sinais de alerta.
O método aproveita a tecnologia NFC
Os pagamentos por aproximação utilizam NFC, uma tecnologia que permite a troca de informação entre dispositivos que estão muito perto um do outro. É isto que torna o processo simples e cómodo quando se paga numa loja apenas encostando o cartão ou o telemóvel ao terminal.
O problema é que esta simplicidade pode ser explorada. Em locais movimentados, como transportes públicos, centros comerciais ou filas de eventos, os assaltantes podem aproximar um leitor de cartões escondido e tentar recolher dados ou até iniciar pequenas transações.
Em alguns casos, apresentam-se como voluntários de causas solidárias ou vendedores ambulantes que “só aceitam contactless”, criando urgência para pressionar a vítima. A verdadeira intenção é recolher dados do cartão ou efetuar um pagamento não autorizado.
Leitores escondidos e pedidos de doações falsos
Citada pela 4gnews, a Better Business Bureau destaca duas práticas comuns. A primeira é o uso de leitores de cartões discretos, aproximados da vítima sem que esta repare. A segunda envolve falsos recolhimentos de donativos, em que os burlões escondem o nome da entidade beneficiária ou pressionam a vítima a pagar rapidamente.
Ambas as abordagens dependem da proximidade física e do movimento do local para passar despercebidas. Quando a vítima se apercebe, a transação já pode ter sido feita.
O impacto pode ir desde pequenas quantias retiradas da conta até ao roubo de dados que permitem transações maiores mais tarde.
Medidas simples que fazem diferença
Os especialistas, citados pela mesma fonte, recomendam evitar pagamentos contactless em espaços demasiado lotados e manter sempre uma distância segura de desconhecidos quando se prepara para fazer um pagamento, de modo a evitar esta fraude.
Outra medida útil é definir limites para transações contactless. Desta forma, qualquer valor acima do habitual exigirá confirmação adicional e reduz o risco de perdas significativas.
Também é aconselhável ativar alertas de transações no banco ou app financeira. Assim, qualquer movimento estranho é imediatamente detetado.
A importância de proteger os cartões
Para maior segurança, a BBB recomenda guardar cartões de crédito e débito em carteiras com proteção de radiofrequência (RFID). Estas carteiras bloqueiam tentativas de leitura não autorizada e dificultam a clonagem.
Trata-se de uma forma simples de garantir que ninguém recolhe dados dos teus cartões quando não estás a usá-los.
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