As condições e a capacidade de acesso às grutas de Benagil, no concelho de Lagoa, no Algarve, vão ser definidas por um grupo de trabalho coordenado pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Algarve.
A CCDR do Algarve assinalou que a criação deste grupo de trabalho multidisciplinar foi publicada esta quarta-feira no Diário da República e adiantou que os resultados finais vão “estabelecer a capacidade de carga humana” e “determinar as condições de acesso às Grutas de Benagil”, situadas na costa sul do distrito de Faro.
“As Grutas de Benagil, localizadas ao largo da Praia de Benagil, no concelho de Lagoa, são um dos principais pontos turísticos do Algarve, designadamente o Algar de Benagil. Estas grutas naturais têm suscitado, nos últimos anos, a curiosidade de um crescente número de pessoas, que as procura por via marítima, levando a um aumento expressivo do número de visitantes que permanece naquela área, sobretudo no período estival”, explicou a CCDR num comunicado.
Assim, “torna-se necessária a definição do limite máximo da capacidade de carga humana” no local e “fundamental regulamentar o respetivo acesso” para garantir a “proteção e prevenção de situações de risco para a segurança das pessoas”, justificou a CCDR, frisando que se trata de uma área sujeita a erosão e onde deve ser feito um “reforço” da segurança.
O despacho foi assinado pelos secretários de Estado da Defesa Nacional, do Turismo, Comércio e Serviços, do Mar, do Ambiente, da Conservação da Natureza e Florestas, da Administração Local e Ordenamento do Território e das Pescas e as conclusões e proposta final do grupo de trabalho vão ser apresentadas até 31 de dezembro de 2023.
A CCDR destacou também que o grupo de trabalho vai “definir o tipo de embarcações autorizadas a aceder às Grutas de Benagil” e estabelecer “a forma de proceder nesse acesso, nomeadamente, o comprimento, boca, calado, lotação máxima, tipo e atividade, velocidade e outros procedimentos a realizar pelas embarcações”.
O estabelecimento de “mecanismos de controlo de acesso”, de “medidas de reforço de segurança” e de “fiscalização e controlo do cumprimento do limite da capacidade de carga humana fixado” são também objetivos a alcançar pelo grupo de trabalho, que vai ainda estudar a criação de uma “taxa única de acesso às Grutas de Benagil”.
A CCDR esclareceu que grupo vai ser composto por “representantes das várias entidades públicas e privadas com competência e intervenção naquele domínio” e que, na sua função de coordenadora, vai assegurar o apoio logístico e administrativo necessário até à extinção do grupo, que coincidirá com a apresentação das conclusões e da proposta final até final do ano.
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