Os professores que concorrem este ano à Contratação Inicial e à Mobilidade Interna podem agora candidatar-se a casas a preços acessíveis do Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU). Há 29 casas disponíveis: 15 em Portimão e 14 em Lisboa.
Os critérios de atribuição são os seguintes:
Primeiro critério: maior distância em linha reta da residência permanente à escola de colocação;
Segundo critério: menor rendimento per capita do agregado familiar;
Terceiro critério: menor número de ordem na lista da mobilidade interna ou da contratação inicial.
Sempre que um dos critérios estiver empatado aplica-se, sucessivamente, o critério seguinte. Se mesmo assim persistir um empate, realiza-se um sorteio, que é transmitido em direto, por streaming, no site da Direção-Geral da Administração Escolar (DGAE).
Os professores que não se façam acompanhar pelo agregado familiar terão de declarar que aceitam partilhar casa com outros colegas, segundo as condições de elegibilidade para concorrer ao Programa de Apoio ao Arrendamento de habitações a atribuir pelo IHRU.
Só são elegíveis os professores que residam a 60 quilómetros ou mais da escola onde ficaram colocados, sendo a distância medida em linha reta entre as duas sedes de concelho.
Os sindicatos consideram que estas medidas são insuficientes para resolver o problema dos professores deslocados que não têm condições para pagar as rendas muito elevadas praticadas sobretudo no Algarve e em Lisboa.
“O número de casas é ridículo e insuficiente para resolver o problema, sabendo que há milhares de professores, sobretudo do norte, a concorrer para Lisboa e Algarve”, referiu José Feliciano Costa, secretário-geral adjunto da Fenprof ao Correio da Manhã.
O Ministério da Educação considera que este é “um trabalho conjunto com o Ministério da Habitação, que é para continuar, aprofundar e expandir”.
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