Diana Santos, a portuguesa de 40 anos que foi encontrada desmembrada em França, no dia 19 de setembro, vivia em Diekirch, Luxemburgo, segundo apurou o Luxemburger Wort, que refere que “ela foi foi vítima de um crime violento.
O corpo da emigrante foi encontrado desmembrado e decapitado na comuna francesa de Mont-Saint-Marin, junto à fronteira com o Grão Ducado. Contam os meios locais que o cadáver estava com as pernas cortadas pelos joelhos e os braços separados do corpo. A cabeça ainda não foi encontrada.
As autoridades francesas e luxemburguesas estão a trabalhar em conjunto para reconstituir os últimos dias de Diana e perceber com quem é que esta contactou. As diligências devem agora estender-se também às autoridades portuguesas. Segundo o Correio da Manhã, “um dos pontos da investigação passa pelo recente casamento da portuguesa com um homem de nacionalidade marroquina”.
Ao CM, amigos da vítima garantiram que o casamento ocorreu no dia 18 de setembro, ou seja, “apenas um dia antes de o corpo de Diana ter sido encontrado num edifício abandonado. A família da mulher tinha, no entanto, a informação de que o enlace ocorrera há já algumas semanas”.
Uma amiga de Diana disse ainda ao CM que “foi uma surpresa para todos. Ninguém percebeu o que a levou a casar assim de repente”.
“Quero que a polícia fale comigo com urgência”
Vítor Santos, 43 anos, irmão mais velho de Diana Santos, revelou ao jornal “Contacto“, no Luxemburgo, que tem informações relevantes para dar às autoridades.
“Quero que a polícia entre em contacto comigo. Estou disponível para ir ao Luxemburgo. Sei que tenho coisas importantes a dizer. Como irmão da Diana devia estar aí”, afirmou Vítor, que está neste momento em Vila do Conde.
O irmão da vítima conta que foi informado da morte de Diana através de um amigo e que depois foi contactado pelos consulados de França e do Luxemburgo. Mas diz que não recebeu nenhum contacto por parte da polícia. “Espero que as autoridades falem comigo. Quero que a polícia judiciária de Portugal, de França e do Luxemburgo entre em contacto comigo com o máximo de urgência possível”, apelou.
Diana Santos vivia e trabalhava há quatro ou cinco anos no Luxemburgo, onde era relativamente conhecida, já que atuava regularmente em bares, eventos, casamentos, como cantora, muitas vezes perante a comunidade lusa. Era das Caxinas, Vila do Conde, e deixa um filho de 22 anos.
O corpo desmembrado foi encontrado no dia 19 de setembro por um adolescente de 16 anos atrás de um edifício abandonado, nas imediações da Câmara de Mont-Saint-Martin, no departamento Meurthe-et-Moselle.
Na altura, não foi possível proceder à identificação do corpo. Terá sido uma tatuagem com o nome KIKO a ajudar no reconhecimento do cadáver. A vítima acabou por ser reconhecida pelo ex-namorado da Diana, que tinha terminado uma relação com ela há relativamente pouco tempo. O filho, Kiko, de 22 anos, também ajudou na identificação do corpo da mãe.