O Movimento de Eco Cidadania “Tavira em Transição” afirma em comunicado que “apesar das várias denúncias a diversas entidades, queixas ao ministério público, processos, embargos e multas, o investidor agrícola sueco Per Jonas Wahlstrom continua os seus trabalhos ilegais de plantação de abacates, de forma reincidente, criminosa e desobediente, em pleno Parque Natural da Ria Formosa, na Quinta da Barroquinha”.
“Esta plantação de abacates está proibida no Parque Natural. Estes trabalhos já foram inclusive embargados pelo ICNF, que foi até agora a única entidade a reagir no dia 14 de outubro”, refere o Movimento “Tavira em Transição”, acrescentando que “o Sepna foi também várias vezes informado, mas nada nem ninguém consegue ou quer parar este senhor”.
“Está também a ser preparada uma queixa para o Ministério Público. Mas entretanto a plantação está praticamente terminada. Ficará tudo novamente em águas de bacalhau? Esta situação é chocante e mostra a decadência dos nossos serviços públicos”, lamenta.
O Movimento de Eco Cidadania “Tavira em Transição” pergunta “onde estão as autoridades deste país e desta região que nada fazem para manter a legalidade e proteger o nosso Parque Natural e as nossas escassas reservas de água? Onde anda o ICNF, a DRAPAlgarve, a CCDR, o IGAMAOT, a Câmara Municipal de Tavira, o Sepna, o Ministério Público e o Governo deste país?”
“Este empresário acumula já nesta zona do parque uma enorme extensão de abacateiros (cerca de 65 hectares, num raio de 1,5km) em modo de produção intensivo”, afirma, questionado”o que vai restar do nosso Parque Natural da Ria Formosa se as autoridades não têm mão no ordenamento do território?”.