Dentro de cerca de um ano, entrará em funcionamento na Marina de Vilamoura um sistema de videovigilância, anunciou a autarquia de Loulé em comunicado.
O Município de Loulé e a Guarda Nacional Republicana celebraram no sábado um protocolo, que prevê a criação desta medida para reforçar a segurança de pessoas e bens, e a tranquilidade pública, neste ex-líbris do turismo algarvio.
“Além dos locais públicos na zona envolvente da Marina, a implementação, ativação e gestão deste sistema irá alargar-se também às vias de acesso a este espaço de recreio náutico, nomeadamente Av. Cerro da Vila, Av. Engº João Meireles, Av. Da Marina, Av. Tivoli, R. do Clube Náutico, R. do Sol, Estrada de Quarteira, Largo do Cinema e R. das Estrelas”, revela a autarquia, acrescentando que “são áreas de passagem, permanência e convivência de um elevado número de pessoas, sobretudo de muitos turistas que visitam Vilamoura ao longo de todo o ano, e, como tal, mais passíveis da ocorrência de situações que ponham em causa a segurança”.
Sistema prevê a instalação de 42 câmaras de vídeo e mais de meia centena de sensores para recolha de informação
Gerido exclusivamente pela GNR, o sistema prevê a instalação de 42 câmaras de vídeo e mais de meia centena de sensores para recolha de informação.
O centro de monitorização ficará alojado no quartel da GNR em Vilamoura, sendo possível a sua visualização na sala de situação do Comando Territorial de Faro.
O investimento é do Município de Loulé e ronda os 900 mil euros. “Se tudo correr bem em termos do concurso público”, prevê-se que possa entrar em funcionamento no verão de 2024, como garantiu o autarca Vítor Aleixo.
Mas durante a celebração deste protocolo de cooperação, que nasce do diálogo de vários anos entre as duas instituições, o presidente da câmara quis sublinhar que a privacidade dos cidadãos não será posta em causa. “A proteção de dados e a ‘anonimização’ é uma garantia, até porque a Lei assim o prevê e, portanto, a privacidade das pessoas será sempre salvaguardada”.
Videovigilância pode vir a estender-se à cidade de Quarteira
Apesar de alguma “resistência inicial” do autarca quanto à implementação deste sistema, as dificuldades por parte da tutela em aumentar o número de efetivos e, por outro lado, os “bons exemplos” de Portimão e Olhão com um sistema idêntico levaram Vítor Aleixo a mudar de ideias e avançar para a videovigilância.
“Vamos esperar que tudo corra bem e que essa seja uma mais-valia para prevenir e fazer diminuir a delinquência. Para uma região turística, geradora de tanta riqueza, a componente da segurança é extremamente sensível”, notou.
Por seu turno, Carlos de Almeida, responsável pelo Comando Territorial da GNR de Faro, explicou que a videovigilância irá “otimizar os recursos disponíveis”, permitindo privilegiar o “empenhamento operacional flexível que proporciona uma resposta pronta e oportuna, constituindo-se como um importante mecanismo complementar da atividade policial nas dimensões preventiva e reativa”.
“Este protocolo vem reforçar ainda mais a excelente relação entre a Guarda Nacional Republicana e o Município de Loulé na procura de mais e melhores soluções para que o concelho continue a ser um espaço de segurança e tranquilidade, e se afirme cada vez mais como um município de vanguarda”, considerou o comandante da GNR no Algarve.
Numa segunda fase do projeto a ideia das duas entidades cooperantes é estender a videovigilância à própria cidade de Quarteira visto tratar-se também de uma “área urbana de grande concentração humana”.
O anúncio foi feito no dia em que Quarteira celebrou 24 anos de elevação a cidade.