O verão de 2024 começou com os portugueses a celebrar a notícia sobre o fim das portagens nas ex-SCUT. Aqueles que circulam diariamente na A4 (Transmontana e Túnel do Marão), A13 e A13-1 (Pinhal Interior), A22 (Algarve), A23 (Beira Interior), A24 (Interior Norte), A25 (Beiras Litoral e Alta) e A28 (Minho nos troços entre Esposende e Antas e entre Neiva e Darque) vão começar a poupar dezenas de euros já a partir do início do próximo ano.
Ainda assim, está a chegar uma outra novidade nas portagens portuguesas que, embora não esteja relacionada com preços, pode ter impacto na forma como efetua o pagamento. É que o governo português deu luz verde à Brisa para retirar os portageiros das autoestradas. Quer isto dizer que a operadora que gere seis concessões rodoviárias já pode retirar os portageiros nas autoestradas e substitui-los por máquinas que permitam o pagamento em dinheiro.
Se tem o hábito de pagar as portagens nas vias com portageiro, saiba que em breve passará a ter de pagar nas máquinas automáticas. No site do Parlamento, o ministério explica que o contrato de concessão obriga a Brisa a manter linhas de pagamento manuais, mas que isso nunca implicou a presença de portageiro. Tal acontece porque as máquinas E-Toll permitem o pagamento em cartão e dinheiro, têm câmaras de vigilância e a possibilidade de assistência através de um sistema de voz.
O Executive Digest cita a presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP), Filipa Costa, que avança que “há cerca de 10 anos, havia mais de 600 portageiros, neste momento são pouco mais de 200”. A mesma fonte assegura que a redução do número de portageiros está a ser feita há anos, mas sem despedimentos coletivos.
“A Brisa reúne-se com cada trabalhador” para propor, como alternativa “o melhoramento do currículo para ingresso numa empresa de trabalho temporário” ou a passagem a teletrabalho noutras funções dentro da Brisa.
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