Uma jovem de 20 anos protagonizou uma situação invulgar que ganhou destaque nas redes sociais, ao pedir a demissão no seu novo emprego após o primeiro dia de trabalho devido a uma condição com a qual não estava disposta a concordar: a exigência de trabalhar 8 horas seguidas sem pausas.
A jovem tinha sido contratada para vendedora numa loja em regime de tempo integral, com um salário mínimo.
Ela explicou que, embora a remuneração não fosse muito elevada, aceitou o trabalho. Ao chegar ao local, foi recebida por uma senhora simpática com quem iniciou o período de formação, mostrando-lhe como gerir a loja e desligar o alarme.
No entanto, as suas responsabilidades não se limitaram a essas tarefas. Para além de ter de cuidar da loja, também foi designada para operar a caixa, verificar e-mails e gerir as remessas dos produtos comprados online, entre outras responsabilidades.
Ao questionar a gerente sobre as responsabilidades adicionais, foi-lhe confirmada de que também teria essas responsabilidades adicionais na sua função.
“Se fossem apenas essas tarefas adicionais, não seria um problema para mim. No entanto, o pagamento era apenas o salário mínimo, quando o correto seria receber pelo menos um ou dois euros a mais por hora para realizar todas essas atividades adicionais”, explicou a jovem.
O ponto crucial que a levou a tomar a decisão de pedir demissão foi a falta de intervalos durante o expediente, tanto para ela quanto para os outros funcionários. Esta ausência de pausas para descanso foi o fator determinante para a sua decisão.
“Não quero voltar lá nunca mais”, decidiu a jovem no carro, realçando que, no entanto, não é de desistir facilmente.
Esclareceu que a sua decisão não era uma questão de desgosto pela empresa ou pelas pessoas que conheceu lá, pois todos foram muito simpáticos. No entanto, a jovem sentiu que as expectativas quanto ao desempenho não eram justas tendo em conta o salário oferecido.
Diante dessas condições que considerou injustas, a jovem recusou-se a trabalhar e a aceitar um salário tão baixo. Nas redes sociais, houve comentários críticos, alegando privilégio, bem como apoio à sua decisão de pedir demissão.
Este caso ilustra a importância do equilíbrio entre as responsabilidades e a remuneração no ambiente de trabalho, destacando como os trabalhadores estão cada vez mais atentos aos seus direitos e ao valor que atribuem ao seu tempo e esforço no mercado de trabalho.
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