Os ministros da Defesa Nacional, da Administração Interna, do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, da Saúde, do Ambiente e Ação Climática e da Agricultura e da Alimentação determinaram esta segunda-feira por despacho a Declaração da Situação de Contingência em todo o território do Continente.
“A Situação de Contingência abrange o período compreendido entre as 00h00 horas do dia 11 de julho e as 23h59 horas do dia 15 de julho“, lê-se no despacho.
A questão que se coloca é o facto de no próximo fim de semana estarem previstos dois grandes eventos: a concentração de Faro entre os dias 14 e 17, e o festival Super Bock Super Rock, na Aldeia do Meco.
À margem de uma visita à Companhia de Ataque Estendido (CATE) da Unidade de Emergência da Proteção e Socorro (UEPS) em Viseu, o primeiro-ministro António Costa justificou que “são contingências a que todos estamos sujeitos, o que “não podemos é ter o risco de aumentar a probabilidade de haver qualquer tipo de descuido”.
“Há uma proibição geral de qualquer atividade desenvolvida em qualquer zonas florestais. Neste momento, o ministro da Administração Interna está em contacto com os organizadores desses eventos para assegurar que a parte desses eventos que ocorrem em zona florestal não ocorram por forma a que não se ponha em perigo esta situação. Obviamente, que nestas situações climáticas não é possível abrir uma exceção. É necessário reajustar esses eventos”, sustentou.
Situação atual não permite “exceções”, avisa António Costa0 seconds of 9 minutes, 8 secondsVolume 90%
António Costa reconhece que são medidas duras para “setores que durante estes dois anos de pandemia estiveram impedidos de funcionar”, mas “é preciso termos cuidado, conforme tivemos para controlar a covid”.
“Estas medidas são absolutamente essenciais, são vitais para proteger a segurança dos próprios, a segurança de todos aqueles que frequentam estes espaços e do território em si“, reforçou o chefe do Governo que se deslocou hoje a Coimbra, à Lousã e a Viseu para verificar no terreno a operação de combate aos fogos.
Durante a tarde desta segunda-feira, a Comissão Municipal de Proteção Civil da autarquia de Sesimbra reuniu-se tendo, pelo menos, uma entidade, a GNR dado parecer desfavorável à realização do festival Super Rock, na Aldeia do Meco, sabe a SIC.
Esta terça-feira, membros da Proteção Civil de Sesimbra, da Câmara Municiapal e o promotor do SBSR (Música no Coração) vão fazer uma visita ao recinto para definir medidas de segurança que possam levar à concretização do festival.
A organização disse à SIC que estão previstas medidas como distanciamento entre tendas no campismo, distanciamento entre viaturas no estacionamento, reforço de meios (bombeiros e viaturas) no terreno, distribuição de água.
Festival dá garantias mas sem certezas
A promotora do Festival Super Rock, que se realiza de quinta-feira a sábado, na Herdade da Cabeça da Flauta, no concelho de Sesimbra, garante estar articulada com a Proteção Civil, no atual quadro de “estado de contingência”.
“Estamos a tomar medidas de mitigação exigidas pela Proteção Civil de Sesimbra“, disse à agência Lusa Luís Montez, promotor da Música no Coração.
“Está tudo articulado com a proteção civil, bombeiros e segurança privada. Vai haver reforço de bombeiros e segurança para vigiar o campismo”, garantiu, além de “duas viaturas de intervenção rápida” aí estacionadas.
De referir que estas afirmações de Luís Montez à Lusa foram proferidas quando ainda decorria a reunião da Comissão Municipal de Proteção Civil da autarquia de Sesimbra.
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