O diretor de Cirurgia e outro cirurgião do hospital de Faro que se encontravam suspensos desde o início de junho foram notificados, esta sexta-feira, pelo Conselho Disciplinar Regional do Sul da Ordem dos Médicos (OM) de que a decisão da sua suspensão tinha sido anulada. A suspensão dos dois cirurgiões tinha como base as denúncias feitas em abril pela médica interna Diana Pereira. Foi agora criada uma petição online criada para combater essa anulação.
Com o nome, “Petição para a suspensão preventiva dos cirurgiões do CHUA de exercer até serem apurados todos os factos pelo ministério público”, quem a assina espera que a suspensão volte a ser aplicada aos cirurgiões denunciados pela médica Diana Pereira.
Na descrição da petição pode ler-se, “a suspensão de exercer por parte dos «cirurgiões» Pedro Miguel de Mendonça Felicio Cavaco Henriques cédula n.° 42977 e Gildásio Martins dos Santos, cédula n.° 30209 foi anulada pelo Tribunal Administrativo de Loulé, mesmo depois da Ordem dos Médicos ter dado o parecer que existiam circunstâncias muito graves para a suspensão ter sido criada em primeiro lugar”.
Na mesma nota é referido ainda que “com isto, e como cidadãos preocupados e com receio da qualidade dos serviços de saúde do Algarve, queremos que esta suspensão se mantenha até uma decisão por parte do Ministério Público. Este é um crime público e como tal, somos nós cidadãos a pedir para não sermos atendidos por parte destes «senhores», até terminar todo este processo”.
“Existem acusações muito graves e crimes que podem continuar a acontecer se não forem tomadas medidas”, finaliza a descrição.
A petição é endereçada à Administração do CHUA, ao Ministério da Saúde, à ARS-Sul e à Ordem dos Médicos.
De relembrar que Martins dos Santos, o diretor do Serviço de Cirurgia do hospital de Faro e um dos dois médicos anteriormente suspensos tinha referido ao Expresso que o acordão que anulava a sua suspensão “apesar das suas insuficiências, dando-me completamente razão, constitui o princípio de um longo caminho ainda por percorrer, até que seja feita completa justiça”.
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