A atracção de investimento e a educação são prioridades da Câmara de Monchique, que vai contar este ano com um orçamento de 13,6 milhões de euros, menos 1,1 milhões do que em 2016, disse esta quinta-feira o presidente da autarquia.
O orçamento, cuja primeira versão foi chumbada, foi aprovado por maioria em Assembleia Municipal, no dia 30 de Dezembro, com os votos favoráveis do PSD (nove) e os votos contra de seis deputados socialistas, um da CDU e um do movimento Monchique Independente, registando-se duas abstenções do PS.
A primeira versão do documento foi chumbada pela Assembleia Municipal por integrar um empréstimo de cerca de 1,2 milhões de euros destinado a comparticipar projectos cujas candidaturas vão ser submetidas a financiamentos comunitários.
“O empréstimo destinava-se a assegurar a comparticipação municipal dos vários projectos que vão ser submetidos a candidaturas, as quais ainda não estão abertas, para financiamento por fundos comunitários, mas a assembleia entendeu não aprovar no seu montante global”, disse à Lusa o presidente da Câmara de Monchique, Rui André (PSD).
De acordo com o autarca, as candidaturas “vão manter-se, embora seja necessária a aprovação da Assembleia Municipal para contrair empréstimos que assegurem a comparticipação do município, o que será feito projecto a projecto”.
Na sua opinião, embora o orçamento apresente uma redução de mais de um milhão de euros em relação ao de 2016, “garante os investimentos necessários para o presente e determinantes para o futuro”.
“O investimento cresce para atrair investidores, com destaque para a construção do parque empresarial de Monchique, infraestrutura que pretende agrupar e fixar empreendedores e criar um novo conceito de área de negócios, com vista à sustentabilidade do concelho”, frisou.
Aos investimentos estão destinados 8,3 milhões, estando também previstas as construções de “um pavilhão multiusos, uma piscina na freguesia de Marmelete e a requalificação de espaços públicos, estradas e infraestruturas de saneamento”.
“A educação continuará a ser prioridade, com a requalificação da escola básica Manuela do Nascimento, a oferta dos manuais, os transportes escolares gratuitos e a atribuição de bolsas aos alunos do ensino superior”, destacou o autarca.
Rui André referiu ainda que o orçamento assenta “numa estratégia autárquica de disciplinar a despesa corrente, aumentar o investimento e a qualidade de vida e reduzir a carga tributária às famílias”.
“Através de uma gestão rigorosa, temos aumentado o investimento à medida que amortizamos o endividamento”, sublinhou Rui André, frisando que a dívida a médio e longo prazo era de 13,5 milhões em 2009 e no final de 2016, apenas de 2,8 milhões.
“Estamos preparados, cada vez mais, para efectuar uma gestão realista, um investimento coerente e cuidado, adequado aos novos desafios que se desenham no futuro de Monchique”, concluiu.