Uma comitiva liderada por Luís Montenegro, presidente do PSD, visitou esta segunda-feira Cabanas de Tavira durante a sua deslocação ao Algarve, com o propósito de conhecer a causa que une perto de 9.000 assinantes da Petição e que já foi notícia em variados órgãos de comunicação social.
“Creio ter sido a primeira vez, que um líder nacional de um partido com assento parlamentar se deslocou a Cabanas para se inteirar de uma causa exclusivamente local, o que por si só atesta a importância de que acessibilidade pública à Ilha de Cabanas se reveste e não menos importante, constatar a visibilidade que alcançamos a nível nacional”, afirma em comunicado José Leite Pinto, do Movimento Cívico “Por uma Ponte Pedonal para a Ilha de Cabanas.
“Estivemos no cais em frente à Junta, o local onde a Ria deixa de ser Canal de Navegação e passa a Zona Lagunar de Uso Restrito, explicámos a Luís Montenegro e seus acompanhantes, representantes regionais do PSD e os representantes do Concelho, o porquê da necessidade de uma travessia pedonal para a Ilha de Cabanas e variadíssimas questões inerentes a esta causa”, acrescenta.
Na sala do CRC, Macário Correia fez o enquadramento histórico de Cabanas e da importância da sua ilha para a população local.
O deputado Dinis Faísca explicou “a importância que a Ilha tem para Cabanas e que embora esta questão não seja comparável a variados problemas do Algarve, este é um problema muito importante para a população de Cabanas e é bom que o líder nacional do PSD e candidato a primeiro-ministro, sinta de perto os problemas reais dos cidadãos”.
Luís Montenegro despediu-se agradecendo e mostrou-se “sensibilizado com a nossa paixão nesta luta pelos interesses de Cabanas, fazendo notar que esta sua visita ao Algarve, foi para sentir de perto os problemas reais dos cidadãos, nos quais se enquadra a visita a Cabanas”.
“Somos um Movimento Cívico apartidário, temos perto de nove mil assinaturas de cidadãos de todas as orientações políticas e como tal, mantemo-nos afastados das lutas partidárias, mas, sendo esta uma causa de interesse público, é uma também causa política como serão todas as causas que dependem de decisões políticas. Por conseguinte, estamos receptivos ao interesse e apoio dos partidos políticos que se interessem pela nossa luta”, refere José Leite Pinto.
“Já recebemos a IL, que apesar de não terem representante em Tavira apoiaram a nossa causa publicamente, através de artigos na imprensa escrita e variadas manifestações públicas e também já recebemos o BE Tavira, que se manifestaram de acordo com a nossa reivindicação e apoiam a construção do acesso pedonal”, pode ler-se.
“Estranhamente o PS nunca nos procurou e curiosamente, foi o único partido político a quem enviamos um convite por email, endereçado ao Sr. Presidente Regional Dr. Luís Graça a 10 de Junho de 2021. A sua resposta foi muito cordial, afirmando que teria muito gosto em reunir connosco ficando de agendar data no dia seguinte, mas não mais nos contactou, nem voltou a responder-nos a sucessivos emails”, refere o documento enviado às redações.
“Agradecer ao PSD Tavira, ao PSD Algarve e ao Dr. Luís Montenegro não é posicionamento político, mas o reconhecimento devido pelo apoio à nossa causa, por nos ouvirem e por se envolverem nesta que é uma luta por direitos democráticos, independentemente das distintas ideologias das pessoas deste movimento cívico”, diz José Leite Pinto.
Pela nossa parte, enquanto movimento de cidadãos independentes, “estamos obviamente agradecidos ao PSD por mais esta iniciativa e pela simpatia e apoio que tem prestado à nossa causa, com destaque para a Moção apresentada na Assembleia Municipal do passado dia 29 de setembro, para que o Município de Tavira desenvolva todas as diligências necessárias com vista à concretização da construção de um Acesso Pedonal à Ilha de Cabanas, a qual foi aprovada por unanimidade”.
“Quanto ao PS Tavira, PS Algarve e ao Executivo da Autarquia, continuamos à espera que nos visitem ou nos recebam, que nos ouçam e que respondam às diversas exposições, variadas questões e variados apelos que temos efectuado ao longo destes quase quatro anos de luta”.
“Somos um movimento cívico em luta pelo direito de acessibilidade a uma praia pública, respeitamos todas as opiniões, mas não abdicamos desse direito”, conclui.
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