Um empresário chinês foi alvo de mais uma tentativa de assalto em Lisboa, enquanto transportava uma mala com um milhão de euros em dinheiro. É o terceiro ataque de que é vítima nos últimos anos e, segundo a polícia, o caso levanta novas dúvidas sobre a origem dos fundos e as circunstâncias em que tudo ocorreu.
De acordo com o Correio da Manhã, a tentativa de roubo aconteceu na passada sexta-feira à noite, na Avenida Marechal Gomes da Costa, numa zona movimentada da capital.
Um casal de cidadãos brasileiros, acompanhado por outro cúmplice, tentou abordar o empresário no momento em que este chegava a um encontro, mas acabou por ser surpreendido pela reação da vítima.
Um padrão que se repete
O empresário, de 42 anos, já tinha sido atacado noutras duas ocasiões semelhantes em Lisboa. Em todas, transportava elevadas quantias em numerário.
As autoridades admitem que o padrão de repetição dos crimes é invulgar e estão a analisar se existe ligação entre os diferentes episódios.
Segundo a mesma fonte, o homem é natural da China, tem negócios ligados ao setor têxtil e residia em Portugal há vários anos.
O caso está a ser tratado pela PSP como uma tentativa de roubo qualificada, com a investigação centrada tanto nos suspeitos como nas movimentações financeiras do próprio empresário.
Casal suspeito em prisão preventiva
O Correio da Manhã acrescenta que o casal suspeito foi detido poucas horas após o ataque e encontra-se em prisão preventiva. Ambos terão confessado parte da tentativa de roubo, alegando que o objetivo era subtrair o dinheiro que a vítima transportava consigo.
As autoridades estão agora a verificar a possível existência de outros cúmplices e a rastrear a origem dos montantes.
O Ministério Público acompanha o caso e não exclui a hipótese de crimes adicionais, caso se confirme a existência de atividades financeiras fora dos canais habituais.
Reação sob investigação
A forma como o empresário reagiu ao ataque também está a ser analisada, uma vez que as autoridades procuram compreender se a sua resposta se enquadra nos limites legais de legítima defesa.
O caso segue agora para o Tribunal Criminal de Lisboa e continua a gerar curiosidade e controvérsia, tanto pela dimensão do montante envolvido como pelo facto de ser já o terceiro episódio semelhante em que o mesmo empresário está no centro da história.
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