Muitos consumidores procuram alternativas mais naturais e menos expostas a químicos, como os produtos vendidos diretamente por pequenos produtores. No entanto, continua a ser fundamental perceber até que ponto essas opções diferem realmente das que se encontram nas grandes superfícies comerciais. Neste contexto, foi realizada uma análise de dois tipos diferentes de morangos, para detetar a presença de substâncias químicas.
Comparação entre dois tipos de morangos
Foram recolhidas duas amostras distintas de morangos com o objetivo de avaliar a presença de pesticidas. Uma das amostras foi comprada num supermercado, enquanto a outra foi adquirida diretamente a um agricultor local.
De acordo com o HuffPost, a análise foi conduzida pelo laboratório PRO Test, situado na Polónia, e os resultados partilhados pelo portal de notícias húngaro NLC.
O agricultor em questão vendia os seus produtos diretamente do próprio automóvel numa zona urbana de Varsóvia. Por sua vez, os morangos do supermercado foram comprados num mercado da mesma cidade.
Resíduos de pesticidas identificados nas amostras
Ambas as amostras revelaram a presença de resíduos de pesticidas. No entanto, nenhuma delas ultrapassou os limites máximos estabelecidos pela União Europeia (UE) para este tipo de substâncias.
Ainda assim, segundo aponta a mesma fonte, foi possível constatar diferenças nos tipos de pesticidas detetados em cada uma das amostras. Embora os tipos de pesticidas fossem diferentes, a quantidade encontrada em ambas as amostras foi muito semelhante.
A análise centrou-se apenas na presença de pesticidas, não tendo sido estudados outros aspetos como o valor nutricional ou o sabor dos frutos.
Riscos associados ao uso de pesticidas
O laboratório PRO Test, citado pela mesma fonte, referiu que independentemente da quantidade, nenhum pesticida pode ser considerado benéfico para a saúde.
De acordo com a informação divulgada pelo laboratório, o número de substâncias químicas continua a ser preocupante, mesmo quando se respeitam os limites legais.
A longo prazo, o contacto repetido com pesticidas poderá ter efeitos acumulativos, motivo pelo qual se mantém a vigilância sobre a presença destes compostos nos alimentos.
Possíveis combinações de pesticidas
Outro aspeto salientado prende-se com o consumo simultâneo de diferentes frutas e legumes. Cada tipo de produto pode conter resíduos de pesticidas distintos, o que aumenta a diversidade de substâncias ingeridas ao longo do dia.
Ainda que as quantidades individuais estejam dentro dos parâmetros considerados seguros, a mesma fonte refere que a combinação de vários alimentos pode levar à ingestão de diversos resíduos químicos.
Este cenário levanta questões sobre o impacto a médio e longo prazo da acumulação de resíduos no organismo.
Importância da monitorização contínua
A UE impõe limites rigorosos à presença de pesticidas nos alimentos, baseando-se em avaliações científicas. No entanto, o controlo regular continua a ser essencial para garantir a segurança dos consumidores.
Testes como os realizados pelo PRO Test ajudam a manter a transparência e a reforçar a confiança no sistema de vigilância alimentar europeu. A divulgação dos resultados ao público pode contribuir ainda para escolhas mais informadas no momento da compra.
Decisões de consumo mais conscientes
A comparação entre morangos do supermercado e os adquiridos ao agricultor mostra que ambos os tipos de produto podem conter resíduos de pesticidas.
Por este motivo, segundo o HuffPost, a escolha entre um e outro deve ter em conta mais do que apenas a origem. Práticas de cultivo, certificações e processos de produção são fatores que também devem ser considerados.
Ao optar por frutas e legumes, é recomendável lavar cuidadosamente os alimentos e, sempre que possível, diversificar os fornecedores.
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