O setor do alojamento turístico em Portugal registou 4.893 milhões de euros em proveitos totais entre janeiro e agosto deste ano, um crescimento de 7,9% face ao mesmo período de 2024, segundo dados divulgados esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). E foi o Algarve quem mais contribuiu para este resultado, com mais de um terço do total.
De acordo com o INE, os estabelecimentos de alojamento turístico nacionais contabilizaram 56,5 milhões de dormidas nos primeiros oito meses de 2025, o que representa uma subida de 2,4%. Os proveitos de aposento atingiram 3.779,1 milhões de euros (+7,7%).
O Algarve destacou-se como a região mais relevante para o setor, concentrando 36,3% dos proveitos totais e 36,1% dos proveitos de aposento. Logo a seguir surgem a Grande Lisboa (19,8% e 20,2%) e o Norte (14,4% e 14,5%).
Agosto confirma papel central da região
No mês mais forte da época turística, agosto, os estabelecimentos de alojamento receberam 3,8 milhões de hóspedes (+0,9%) e registaram 10,7 milhões de dormidas (+1,1%). Os proveitos totais ascenderam a 1.011,3 milhões de euros (+6,5%), dos quais 809,6 milhões correspondem a aposento (+5,5%).
As dormidas de residentes cresceram 4,1% (3,8 milhões), mas as de não residentes caíram 0,5% (6,9 milhões).
Entre os mercados internacionais, o Reino Unido manteve-se como principal emissor (16,9% das dormidas de não residentes), apesar da descida de 1,2%. Em contrapartida, os mercados norte-americano (+9,8%) e canadiano (+8,5%) registaram aumentos expressivos. Já Itália, Países Baixos e Irlanda registaram quebras de 6,9%, 5,7% e 4,6%, respetivamente.
Embora o Algarve lidere em volume, os maiores aumentos relativos de proveitos verificaram-se na Madeira (+13,1% nos proveitos totais e +13,8% nos de aposento) e no Alentejo (+10,3% e +10,5%). O Centro registou os crescimentos mais modestos, com apenas +2,2% nos proveitos totais e +2,0% nos de aposento.
No que respeita ao rendimento médio, o setor registou melhorias: o RevPAR (rendimento médio por quarto disponível) situou-se em 116,8 euros (+2,6%) e o ADR (rendimento médio por quarto ocupado) atingiu 159,2 euros (+4,3%).
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