Vítor Palmilha, presidente da Federação de Caçadores do Algarve, discute o impacto da XXVI Feira de Caça, Pesca, Turismo e Natureza na promoção das tradições rurais e a importância contínua da caça regulamentada. Na sua 26ª edição, a feira oferece uma plataforma para a valorização cultural, económica e ecológica do mundo rural, apresentando uma vasta gama de atividades e exposições que destacam as práticas sustentáveis e o papel vital dos caçadores na conservação ambiental.
P – De que forma a XXVI Feira de Caça, Pesca, Turismo e Natureza promove o mundo rural e as suas tradições?
R – A XXVI Feira de Caça, Pesca, Turismo e Natureza desempenha um papel muito importante na promoção do mundo rural e das nossas tradições ao criar um espaço onde as práticas e a cultura rural podem ser celebradas e compartilhadas com um público mais amplo. Durante a feira, temos uma série de atividades dedicadas à valorização do património rural. Além disso, há uma ênfase significativa em produtos regionais, com stands de produtores tradicionais. Essas iniciativas não apenas destacam a riqueza cultural do mundo rural, mas também ajudam a fortalecer a economia das comunidades locais, promovendo o turismo rural e criando uma maior consciência sobre a importância de preservar essas tradições.
P – Depois de 25 edições, a Federação de Caçadores do Algarve continua empenhada na promoção de um setor que tem mudado muito desde a primeira edição da Feira. Este continua a ser um evento relevante?
R – A promoção do setor da caça continua a fazer todo o sentido, assim como Feira de Caça, Pesca, Turismo e Natureza, por diversas razões. É importante frisar que a caça regulamentada desempenha um papel importante na gestão e conservação da vida selvagem, ajudando a manter o equilíbrio dos ecossistemas e a controlar populações de espécies que podem causar danos agrícolas ou ecológicos.
Os caçadores desempenham um papel fundamental na limpeza e proteção do território. Dou-lhe o exemplo das associações e clubes da região, que assinaram protocolos com diversos municípios com o objetivo de promover a limpeza da floresta e evitar o aparecimento de fogos. Os caçadores são também gestores de proximidade de grandes áreas de territórios rurais no âmbito das suas atividades de gestão cinegética, com conhecimento muito específico destes mesmos territórios. São assim desmatadas e limpas grandes áreas e, em simultâneo, criados campos de alimentação e bebedouros para diversas espécies cinegéticas.
Além disso, a caça é uma atividade tradicional profundamente enraizada na cultura rural e a feira oferece uma plataforma para educar o público sobre as práticas sustentáveis e éticas de caça, bem como a importância da conservação do habitat natural.
Através de exposições, palestras e demonstrações, a feira promove uma compreensão mais ampla da caça como uma atividade que pode ser praticada de forma responsável, beneficiando tanto as comunidades rurais como o meio ambiente.
P – O que podem os visitantes esperar da XXVI Feira de Caça, Pesca, Turismo e Natureza este ano?
R – Este ano, os visitantes podem esperar uma experiência ainda mais rica e diversificada. Teremos uma variedade de expositores que irão apresentar as últimas novidades em equipamentos de caça e pesca, além de ofertas especiais de turismo e atividades na natureza. Haverá demonstrações ao vivo, onde destaco os espetáculos equestres, os cães de parar, os concursos, as mostras, enfim, diversas atividades interativas para todas as idades, que irão garantir uma visita cheia de boas experiências para todos.
P – Este ano, o certame volta a Albufeira e à Marina. É uma mais-valia, a centralidade de Albufeira para atrair mais visitantes?
R – Sem dúvida de que estamos num dos pontos mais centrais do Algarve, capaz de atrair visitantes de toda a região e do país. Por outro lado, as condições de acesso e estacionamento ao recinto da feira são excelentes. De forma fácil e cómoda, é possível visitar o certame, aqui passar um bom tempo, e sair sem constrangimentos de maior. E, claro, Albufeira, pela sua dimensão turística tem ao longo destes meses um acréscimo populacional que potencia o aumento de visitantes, pois muitos dos veraneantes não vão querer perder tudo aquilo que está aqui reunido ao longo dos três dias.
P – Qual o papel da autarquia na viabilização da XXVI Feira de Caça, Pesca, Turismo e Natureza?
R – A autarquia desempenha um papel fundamental na viabilização da XXVI Feira de Caça, Pesca, Turismo e Natureza, sendo um parceiro ativo na organização do certame, fornecendo apoio logístico, financeiro, promocional e institucional. Este apoio é crucial para o sucesso da feira e só possível graças ao contributo inestimável do Sr. Presidente da Câmara Municipal de Albufeira, Dr. José Carlos Rolo, a quem agradeço publicamente todo o empenho que coloca no apoio ao evento desde a primeira edição que realizamos em Albufeira. A ele e a toda a sua equipa, um grande bem-haja.
O que vai encontrar na Feira de Caça, Pesca e Turismo
Promoção do Mundo Rural: A feira celebra e compartilha a cultura rural, valorizando o património e fortalecendo a economia local.
Continuidade e Relevância: Após 25 edições, o evento permanece crucial para a promoção da caça regulamentada, essencial na gestão da vida selvagem e no equilíbrio ecológico.
Experiência para os Visitantes: Este ano, os participantes poderão explorar inovações em equipamentos, atividades interativas e demonstrações ao vivo em Albufeira, um local central e acessível que facilita a visita e atrai um grande público.
Apoio da Autarquia: A parceria com a Câmara Municipal de Albufeira é fundamental para o sucesso do evento, proporcionando suporte logístico e promocional essencial.
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