Segundo disse Cristina Siza Vieira à Lusa, “é evidente que o aumento de preços já está a acontecer. Mesmo durante a pandemia não foi o preço que caiu e sim a taxa de ocupação”, destacou.
“Não houve sacrifício do preço e agora muito menos, não se pode internalizar custos destes” e “é normal” que sejam refletidos nos clientes, sublinhou, salientando que cresceu o custo das matérias-primas, salários e alimentos e que “o preço do alojamento vai subir e já está a subir”.
Quanto às expectativas para a Páscoa, Cristina Siza Vieira referiu que “não há para já nada que frustre as expectativas que já havia relativamente à Páscoa”, ou seja, de que “fosse o início da retoma e parece que assim se confirma”.
“Este ano estimamos uma retoma, depois de um dezembro, janeiro e fevereiro muito mauzinhos. Contamos que a partir de março houvesse alguma retoma e que pudéssemos fechar o ano a 80%, 85% das receitas de 2019”, indicou.
No dia 15 de março, o presidente da AHP disse que, apesar da dificuldade criada pela conjuntura, a retoma “à séria” pode acontecer no verão, esperando receitas entre 14 e 15 mil milhões de euros este ano, ainda abaixo de 2019.
“É facto que a recuperação, a retoma, digamos assim, começou no ano passado, ou no verão. Primeiro na Madeira, depois no Algarve, depois nas cidades, com Lisboa e Porto, com o interior sempre com mais afluência e mantendo uma boa procura”, no entanto, quando se estava a começar a recuperar, veio “a quinta vaga dificultar muito a situação”, lembrou Raul Martins em entrevista à Lusa.
“Dezembro, janeiro e fevereiro foram maus, foram muito maus por força da pandemia. Março já está em boa recuperação e, sucessivamente, abril será razoável e teremos retoma à séria, digamos, a partir do verão. Penso que o verão será já em plena retoma e depois na segunda metade [do ano] continuaremos essa retoma”, estima o responsável.
Com isto, a AHP diz que 2022 será um ano que “não é todo ele de uma retoma maior” porque houve “um início destes primeiros três meses muito baixos, que vão influenciar aquilo que vai ser a segunda metade ou os nove meses que faltam” para acabar o ano, mas que pensa que venham a ser “muito bons por força da procura que se pretende”.