“O [Bus Rapid Transit, vulgo ‘metrobus’] é uma solução tão boa como outra qualquer. É uma solução que nos permite transporte sem emissões [de gases] e que substitui o transporte individual, [é] cómodo, acessível e rápido”, defendeu, esta sexta-feira, no Porto, durante uma visita às obras da Linha Rosa do Metro do Porto.
Falando acompanhado pelo secretário de Estado da Mobilidade Urbana, Jorge Delgado, e do presidente da Metro do Porto, Tiago Braga, Duarte Cordeiro tinha sido questionado sobre a opção pelos modelos BRT ao invés de ferrovia, defendendo que os estudos “é que permitem determinar se é possível uma solução ou outra”.
“É uma boa solução, e se houver mais soluções que nós consigamos ter verbas para poder financiar, que correspondam a esta relação investimento – resultado final, nós não hesitaremos”, disse aos jornalistas.
Duarte Cordeiro admitiu também, anteriormente, que o “BRT é uma solução que se adequa a determinadas distâncias e a determinados volumes de passageiros”.
“Se por uma razão qualquer, no futuro, daqui a 10 anos, chegarmos à conclusão que o volume de passageiros é muito superior, como já tem linha dedicada, pode perfeitamente evoluir para metro de superfície”, disse o governante.
Esta sexta-feira, a Lusa noticiou que a Área Metropolitana do Porto (AMP) sugere, até 2030, o redesenho da rede da Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP) para acomodar a rede metropolitana de autocarros, abrindo também a porta à criação de novos corredores de elétrico.
Entre os objetivos operacionais elencados pela AMP, encontra-se a organização de “redes coerentes de canais dedicados para meios de transportes específicos, através da criação de canal para ferrovia ultraligeira (tram [elétrico]), Corredores de Autocarros de Alta Qualidade (CAAQ)”, podendo neste caso “constituir-se numa solução pré-tram”.
Já foram apresentados projetos de ‘metrobus’ para o Algarve, Coimbra, Porto e Braga.