Skip to content
Postal do Algarve

#liberdadeparainformar
Site provisório

Postal do Algarve

Diariamente, siga as notícias do Algarve e as mais relevantes de Portugal e do Mundo

Menu
  • Sociedade
    • Ciência
  • Economia
    • Patrocinado
  • Saúde
  • Política
    • Legislativas 2022
  • Cultura
    • Ensino
    • Lazer
  • Desporto
  • Opinião
  • Europe Direct Algarve
  • Edição Papel
    • Caderno Alcoutim
  • Contactos
Menu
A barreirista Anna Ryzhykova - Foto D.R.
Desporto

Grupo de atletas ucranianas conclui estágio em VRSA após paragem pela guerra

A barreirista Anna Ryzhykova, a velocista Anastasia Bryzgina e a meio-fundista Olga Lyakhova estiveram desde março a treinar no centro de alto rendimento do complexo desportivo de Vila Real de Santo António.

10:10 11 Maio, 2022 10:10 11 Maio, 2022 | POSTAL

Um grupo de atletas ucranianas concluiu na terça-feira cerca de dois meses em Portugal, onde recomeçou a preparação para a competição após semanas de inatividade no seu país devido à guerra com a Rússia.

A barreirista Anna Ryzhykova, a velocista Anastasia Bryzgina e a meio-fundista Olga Lyakhova estiveram desde março a treinar no centro de alto rendimento do complexo desportivo de Vila Real de Santo António e contaram à agência Lusa como foi a sua vida desde que a Rússia lançou uma operação militar na Ucrânia, em 24 de fevereiro, iniciando um conflito que ainda prossegue e que gerou dúvidas quanto à continuidade das suas carreiras desportivas.

Anna Ryzhykova, quinta nos 400 metros barreiras em Tóquio2020, disse à Lusa que, antes de a guerra começar, já tinha planeado vir para Portugal fazer um estágio para a temporada de verão, mas a entrada das tropas russas na Ucrânia levou-a até a pensar que a sua “carreira desportiva estava acabada”.

“Pensei que não iria ter oportunidade de vir para vá e até que nem conseguiria pensar em desporto. Só pensava na minha família e em como sobreviver, estávamos numa situação terrível e não sabíamos o que ia acontecer amanhã”, afirmou a atleta de 32 anos.

A barreirista ucraniana disse que, na véspera de o conflito estalar, estava em estágio na cidade ucraniana de Sumy a preparar os campeonatos nacionais, que deviam começar em 25 de fevereiro, mas as provas “foram canceladas” na noite de 23. Regressou a casa e, no dia 24, já acordou “com explosões” e “sem acreditar que era real”.

Ainda esteve “durante duas semanas sem treinar”, passando a maior parte desse tempo “presa em casa, assustada”, porque “qualquer ponto podia ser atacado e bombardeado”, até que, em meados de março, a colaboração das autoridades portuguesas na cedência gratuita de instalações desportivas para treino e o apoio de patrocinadores, como a Nike, para garantir alimentação ou alojamento, permitiram que a atleta rumasse a Vila Real de Santo António e pudesse recomeçar o treino e preparar a competição.

Já na localidade algarvia, Anna Ryzhykova sentiu-se “estranha” por “ver que havia uma vida normal” e que “ninguém estava assustado”, enquanto passava os dias preocupada com a sua família na Ucrânia e a “ler notícias a toda a hora” para saber como a guerra evoluía.

“O meu treinador está no exército e não pôde vir, envia-me mensagens com o que devo fazer e fazemos treino ‘online’”, lamentou, revelando que agora vai para a Polónia ultimar a preparação para o regresso à competição, em 18 de maio, no Meeting de Savona, em Itália.

Já Anastasia Bryzgina disse que, apesar de um período de paragem após o início da guerra, ainda pôde recomeçar o trabalho na zona oeste da Ucrânia, mas sublinhou que, “mesmo assim, era difícil, porque não era totalmente seguro” e qualquer ponto do país podia ser atacado.

Após quase dois meses em Portugal, a velocista adiantou que vai rumar a Espanha, onde vai prosseguir o treino e participar em provas em Huelva, com o objetivo de “continuar a preparar os campeonatos do mundo e da Europa”.

A campeã da Europa de sub-20 dos 400 metros em 2017, agora com 24 anos, reconheceu que, se antes já era um “orgulho” representar a Ucrânia, o conflito com a Rússia faz com que envergar as cores do país seja agora “especialmente importante mostrar a bandeira ucraniana perante todo o mundo”.

O regresso à competição é também duplamente importante para Olga Lyakhova, que foi mãe há um ano e, nas primeiras duas semanas da guerra, viveu “momentos terríveis com uma bebé de 10 meses” a fugir para abrigos ou a esconder-se na casa de banho da sua casa, em Kremenchuk, para fugir a bombardeamentos.

“A cidade tinha refinarias e foi bombardeada, não havia eletricidade, calefação ou água”, recordou a meio-fundista, de de 30 anos, agradecendo à marca desportiva que a patrocina a possibilidade de trazer a bebé e a mãe para junto de si, porque “nunca poderia sair do país e deixar a família lá”.

Lyakhova, medalha de bronze nos 800 metros dos Europeus de 2019 e nos 4×400 metros nos de 2017, disse ainda que, embora o seu pai continue na Ucrânia a “defender o país” das tropas russas, o tempo em Portugal foi útil para poder retomar o treino, tendo em vista o Meeting de Savona, cuja preparação vai ultimar a partir da Suíça e “ainda mais motivada para mostrar o que a Ucrânia é”.

“Vou começar a competir em Itália, em Savona, depois tenho outra competição na Polónia. Estive um ano sem competir por causa da gravidez e da maternidade, espero voltar agora da melhor forma, conseguir bons resultados e trabalhar para poder estar num bom nível nos Mundiais e nos Europeus”, anteviu.

Além de Ryzhykova, Bryzgina e Lyakhova, o complexo desportivo de Vila Real de Santo António acolheu a retoma desportiva de vários outros atletas ucranianos.

(Miguel Hugo Cruz, da agência Lusa)

Share on facebook
Facebook
Share on twitter
Twitter
Share on linkedin
Linkedin
Share on whatsapp
Whatsapp
Share on email
Email
Há um novo POSTAL do ALGARVE nas bancas com o Expresso 🌍

Últimas

  • Farense punido com dois jogos à porta fechada por comportamento discriminatório
    Farense punido com dois jogos à porta fechada por comportamento discriminatório
  • Portimonense anuncia mais quatro reforços num total de 11 na ‘janela’ de inverno
    Portimonense anuncia mais quatro reforços num total de 11 na ‘janela’ de inverno
  • PJ devolve à família menor desaparecida há oito meses em Leiria e detém suspeito do rapto
    PJ devolve à família menor desaparecida há oito meses em Leiria e detém suspeito do rapto
  • Há mais de 300 variedades de fruteiras registadas em Portugal
    Há mais de 300 variedades de fruteiras registadas em Portugal
  • 1.º Congresso de Medicina do CHUA junta especialistas em Albufeira para debater a “Prática Clínica: Estado da Arte”
    1.º Congresso de Medicina do CHUA junta especialistas em Albufeira para debater a “Prática Clínica: Estado da Arte”

Opinião

  • Cinto de Órion, também conhecido como “As Três Marias”, para ver no céu de fevereiro | Por Ricardo Cardoso Reis
    Cinto de Órion, também conhecido como “As Três Marias”, para ver no céu de fevereiro | Por Ricardo Cardoso Reis
  • Cancro: há Guerras sem vencedores nem vencidos | Por Raquel Granjo
    Cancro: há Guerras sem vencedores nem vencidos | Por Raquel Granjo
  • Leitura da Semana: Amamos, porquê?, de Anna Machin 
    Leitura da Semana: Amamos, porquê?, de Anna Machin 

Europe Direct Algarve

  • Taxas Euribor a seis meses batem novo recorde, renovaram a um máximo de 14 anos
    Taxas Euribor a seis meses batem novo recorde, renovaram a um máximo de 14 anos
  • Sentimento económico recupera em janeiro na UE e na zona euro
    Sentimento económico recupera em janeiro na UE e na zona euro
  • Programa de financiamento CERV – Cidadãos, Igualdade, Direitos e Valores pelo comissário Reynders [vídeo]
    Programa de financiamento CERV – Cidadãos, Igualdade, Direitos e Valores pelo comissário Reynders [vídeo]
  • Política de Privacidade, Estatuto Editorial e Lei da Transparência
Configurações de privacidade
©2023 Postal do Algarve