O Autódromo Internacional do Algarve está a caminho de ver a consagração do piloto britânico Lewis Hamilton (Mercedes) como o piloto mais vitorioso de sempre da Fórmula 1, no domingo, no Grande Prémio de Portugal.
Depois de ter igualado o recorde de 91 vitórias que pertencia ao alemão Michael Schumacher, Hamilton pode ficar sozinho no pedestal caso vença o Grande Prémio de Portugal, que se disputa entre sexta-feira e domingo, em Portimão.
Hamilton é o principal favorito à vitória no regresso da Fórmula 1 a Portugal após 24 anos de interregno, nesta que será a 12.ª corrida da época, reformulada devido à pandemia de covid-19.
O atual campeão mundial, que em 2020 persegue o sétimo título da sua carreira (tantos quantos conseguiu Schumacher, outro recorde da modalidade), chega à prova lusa com sete triunfos em 11 provas já disputadas, o último dos quais na ronda anterior, no GP de Eifel, na Alemanha.
Números que lhe valem uma liderança confortável no campeonato, com 230 pontos, mais 69 do que o segundo classificado, o seu companheiro de equipa, o finlandês Valtteri Bottas, que deverá ser o seu principal adversário este fim de semana.
O holandês Max Verstappen (Red Bull) estará entre os principais desafiadores do domínio da Mercedes, surgindo o australiano Daniel Ricciardo (Renault) como uma surpresa a ter em conta, dada a subida de forma dos carros franceses nas corridas anteriores.
Em Portugal, cerca de 27.500 pessoas deverão assistir a uma das provas mais aguardadas do ano, num circuito que será uma estreia nestas andanças.
Em entrevista à Agência Lusa, em setembro, Paulo Pinheiro, administrador do circuito, explicou que o traçado “tem curvas lentas, curvas rápidas, curvas muito rápidas, um troço grande sempre em aceleração desde a curva 14 até ao final da reta da meta”.
A configuração do circuito será a da versão rápida no final da reta da meta e da versão rápida na entrada. O tempo por volta rondará o minuto e 14 segundos, revelou à Lusa.
Segundo as simulações efetuadas, “há três pontos de ultrapassagem, no final da reta da meta, no final da reta Interior e na curva Portimão”, um desenho que favorece os pilotos mais fortes tecnicamente e onde a perícia de condução pode fazer maior diferença do que noutros traçados.
O sucesso desta jornada, a 12.ª das 17 previstas, poderá ditar a continuidade do circuito português no calendário do próximo ano, que deverá continuar a ser condicionado pela pandemia do novo coronavírus.