O inventário global da utilização das águas subterrâneas na agricultura, conduzido pela Organização para a Alimentação e Agricultura (FAO), indica que quase 40% da área global de regadio depende agora das águas subterrâneas. Com o objetivo de apoiar a gestão participativa para a sustentabilidade das águas subterrâneas, a Universidade do Algarve é parceira de um programa de ciência cidadã, “À Descoberta do Aquífero”, que está a ser desenvolvido em escolas da região no âmbito do projeto internacional eGROUNDWATER.
Sob a coordenação de Luís Nunes, docente da Faculdade de Ciências e Tecnologia e investigador do Centro de Investigação e Inovação em Engenharia Civil para a Sustentabilidade (CERIS), o objetivo do programa “À Descoberta do Aquífero” é que os alunos das escolas envolvidas recolham, analisem e monitorizem a água subterrânea.
Vânia Serrão Sousa, investigadora do CENSE, que tem realizado várias ações nas Escolas envolvidas, explica como se processa esta parceria: “os alunos que têm furos ou poços nas suas casas ou de familiares, que pretendam colaborar com o projeto, recolhem amostras de água subterrânea e levam-nas para as escolas, onde, em conjunto com os colegas e professores, analisam parâmetros como pH, concentração de nitratos e condutividade, através de kits de análise preparados e distribuídos pela equipa do projeto eGROUNDWATER”. Segundo a investigadora, “os alunos também têm a possibilidade de determinar a profundidade da água através da utilização de uma sonda desenvolvida e construída pela equipa do projeto”.
Em relação aos alunos envolvidos, importa referir que primeiramente todos participam em ações de capacitação realizadas tanto na UAlg, como nas escolas. Estas ações ensinam a fazer a recolha e análise das amostras de água, assim como o posterior tratamento dos dados. Os resultados obtidos pelos alunos serão posteriormente incluídos no projeto eGROUNDWATER.
Atualmente, o programa conta com sete escolas envolvidas dos Agrupamentos de Escolas do Montenegro, Almancil, Pinheiro e Rosa (Faro) e Dr. Alberto Iria (Olhão), o que se traduz em aproximadamente 200 alunos e 18 professores, num total de 25 furos/poços monitorizados.
Sobre a Universidade do Algarve
A Universidade do Algarve (UAlg) tem atualmente cerca de 9 mil estudantes, 20% dos quais internacionais, oriundos de mais de 84 nacionalidades, onde se destaca o Brasil, país com maior representatividade.
Com 42 anos de existência, aparece pela quinta vez no ranking do Times Higher Education (THE) Young University Rankings 2022, que analisa o desempenho de instituições de ensino superior criadas há 50 anos ou menos, destacando-se no indicador que avalia a projeção internacional. Este ano volta a integrar a lista das melhores do mundo no Shanghai Ranking’s Global Ranking of Academic Subjects 2022, destacando-se novamente na área de Hospitality & Tourism Management, entre os lugares 76-100, seguindo-se a área de Oceanography, entre os lugares 151-200.
Também integra pela terceira vez o Times Higher Education Impact Rankings, que avalia a nível global o desempenho e contributo das universidades para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas. A UAlg ficou posicionada na posição 201-300 na classificação geral do THE Impact Rankings, de entre 1406 Instituições de Ensino Superior (IES) de 106 países.
A UAlg oferece cursos de formação inicial e pós-graduada, nas suas diversas áreas de formação: Artes, Comunicação e Património; Ciências Sociais e da Educação; Ciências e Tecnologias da Saúde; Ciências Exatas e Naturais; Economia, Gestão e Turismo; Engenharias e Tecnologias.
A sua localização privilegiada junto ao Aeroporto Internacional de Faro e o grande número de novas rotas aéreas de ligação às principais cidades portuguesas (Porto e Lisboa) e europeias, bem como as excelentes condições que a UAlg e a região têm para oferecer, fazem com que, cada vez mais, a Academia do Sul do país adquira um estatuto central e internacional.