A apresentação da candidatura de Faro a Capital Europeia da Cultura 2027 culmina “um trabalho intenso” de três anos, mas a cidade e o Algarve “já ganharam” mesmo sem uma vitória, disse esta quinta-feira o coordenador da candidatura.
Bruno Inácio fez um balanço do trabalho realizado para a primeira fase da candidatura, que culminou com a apresentação oficial da candidatura, no domingo, no Ministério da Cultura, em Lisboa, e considerou que o importante para os responsáveis da candidatura era dinamizar a cidade e a região algarvia e isso foi conseguido.
“O balanço que fazemos é claramente positivo, porque durante três anos trabalhámos afincadamente para preparar uma boa candidatura e, como sempre dissemos desde o início, o importante era que chegássemos ao fim – e ainda não é um fim, porque terminamos a primeira fase – com a consciência do que fizemos, independentemente do resultado, iria contar e seria importante para a cidade e a região”, afirmou Bruno Inácio.
A mesma fonte argumentou que o mais importante, por ocasião da apresentação do “Bidbook” da candidatura de Faro, é realçar “o processo” e perceber que “ao longo deste caminho a cidade ganhou uma estratégia cultural a 10 anos, a região ganhou um documento que perspetiva igualmente a 10 anos o setor cultural, e há um conjunto de projetos que já foram lançados que vão continuar a acontecer”.
“Portanto, independentemente do resultado, estamos muito contentes com o processo”, assegurou o coordenador da candidatura de Faro a Capital Europeia da Cultura em 2027, sublinhando que “essa é a parte relevante no momento da entrega do “Bidbook” para a primeira fase” da candidatura da cidade algarvia.
Passada a submissão de candidaturas, as candidatas a Capital Europeia da Cultura 2027 vão agora “aguardar que seja comunicada a data em que haverá apresentação ao júri por parte das cidades, o que irá acontecer no primeiro trimestre do próximo ano”, disse ainda Bruno Inácio.
A mesma fonte esclareceu que, depois, “o júri fará uma escolha de uma ‘short list’ de cidades para passar a uma segunda fase e essas cidades vão ter mais sete ou oito meses para preparar uma segunda candidatura, que será novamente avaliada”.
“E a expectativa é que, no final do próximo ano ou início de 2023, possamos saber a cidade que em Portugal vai receber o título de capital europeia da Cultura”, acrescentou.
Bruno Inácio disse ainda que o momento da apresentação oficial da candidatura, formalizada pelo presidente da Câmara de Faro, Rogério Bacalhau, acompanhado de cerca de 300 pessoas em Lisboa, foi um momento de “celebração” para assinalar de forma “simbólica” a entrega da candidatura.
Além de Faro, aspiram a ser Capital Europeia da Cultura em 2027 cidades como Braga, Coimbra, Évora, Guarda, Leiria e Oeiras.